COP30 em Belém Aprovada com Foco na Transição Energética e Metas Climáticas

COP30 em Belém aprova agenda focada na transição energética. Acordo entre 194 países e UE busca reduzir emissões. Embaixador André Corrêa do Lago lidera negociações. Desafios e oportunidades na luta contra o aquecimento global são discutidos

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(Imagem de reprodução da internet).

Agenda da COP30 Aprovada com Foco na Transição Energética

A 30ª Conferência das Partes (COP30), realizada em Belém (PA), alcançou um consenso sobre sua agenda oficial, marcando um passo importante para o avanço das discussões sobre o clima. A aprovação ocorreu em meio à pressão da entidade para o fim do uso de combustíveis fósseis, tema central para a conferência.

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O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, destacou o acordo como um ponto de partida para intensificar o trabalho, visando explicar a relevância dos temas em questão.

A aprovação da agenda é um marco inicial, demonstrando a harmonia entre os 194 países membros da ONU, mais a União Europeia, em prol do avanço das pautas prioritárias da conferência, incluindo financiamento climático, transição energética e metas globais de adaptação.

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A prioridade é acelerar a transição energética, com foco na redução das emissões de gases de efeito estufa.

Com a agenda definida, as negociações se concentrarão na “blue zone”, espaço restrito para revisão detalhada dos acordos climáticos. Mais de 100 documentos serão analisados, buscando avanços concretos. A conferência ocorre em um momento crucial, com o 10º aniversário do Acordo de Paris, que enfrenta desafios no cumprimento das metas estabelecidas.

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O fim do uso de combustíveis fósseis é um ponto-chave para solucionar a crise climática. Apesar de não estar previsto na agenda deste ano, há pressão para discutir essa questão. Simon Stiell, chefe da ONU para assuntos climáticos, enfatizou a necessidade de cooperação entre os países para implementar medidas acordadas em cúpulas anteriores, ressaltando que a falta de compromisso multilateral pode levar a inflação e impactar economias globais.

Desafios e Oportunidades na Luta Contra o Aquecimento Global

Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) revelou que as emissões de gases de efeito estufa atingiram um recorde de 575 bilhões de toneladas em 2024. A ONU defende o aumento das fontes de energia renováveis e a elevação da eficiência energética como estratégias para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

O governo brasileiro tem buscado inserir o tema dos biocombustíveis nas discussões, citando a necessidade de quadruplicar a produção até 2035. O secretário executivo enfatizou a importância do “Roteiro de Baku a Belém para 1,3 Trilhão”, um documento que visa alavancar o financiamento climático e alcançar a cifra de US$ 1,3 trilhão a ser pago por países ricos.

Estudos, como um lançado pela Academia Brasileira de Ciências, indicam que o Brasil tem potencial para zerar as emissões líquidas dez anos antes da meta estabelecida. Diante de sucessivos desastres ambientais, como o tornado no Paraná, o governo brasileiro planeja ampliar a cobertura do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), que passará a monitorar 1.942 cidades até 2026, abrangendo 70% da população brasileira.

O Cemaden, que enfrenta desafios de financiamento e escassez de mão de obra, buscará disponibilizar dados para Estados e municípios, permitindo o desenvolvimento de políticas de adaptação à mudança climática. A conferência da COP30 representa um momento crucial para avançar na luta contra o aquecimento global, com desafios e oportunidades para a construção de um futuro mais sustentável.

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