COP30 em Belém: Acordo global e fundo florestal atraem investimentos bilionários

COP30 inicia em Belém com foco em clima e metas globais. Líderes mundiais, incluindo Simon Stiell e Jim Skea, discutem ações para mitigar o aquecimento global. Brasil busca zerar desmatamento e metas ambiciosas

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(Imagem de reprodução da internet).

Início da COP30: Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática

A 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) teve seu início oficial nesta segunda-feira, 10 de julho, em Belém, capital do Pará. A cerimônia de abertura contou com a presença de Mukhtar Babayev, presidente da COP29, e André Corrêa do Lago, líder da 30ª edição.

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Após a transferência de posse entre as lideranças, diversos representantes de governos e organizações internacionais discursaram no Plenário 1.

Entre os palestrantes estavam o secretário-executivo da UNFCCC (Convenção da ONU para Mudanças Climáticas), Simon Stiell, e o presidente do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), Jim Skea. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também fez um discurso, enfatizando a importância do multilateralismo para a solução dos desafios climáticos globais.

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A conferência reúne líderes de 194 países e aborda questões relacionadas à mitigação do aquecimento global e suas consequências. Painéis discutirão temas como investimentos verdes, o uso da inteligência artificial em prol da natureza e a importância das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para o cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris.

Avanços nas NDCs e o Fundo Florestal

O número de NDCs enviadas aumentou significativamente, passando de 64 para 106, conforme revelado por Ana Toni, CEO da COP30, à CNN Brasil. Essa atualização demonstra um esforço crescente dos países em estabelecer metas de redução de emissões.

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Um dos pontos centrais da COP30 é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposto pelo Brasil. O objetivo é atrair investimentos para a preservação do meio ambiente e o combate às mudanças climáticas. Até o momento, mais de 50 países já declararam apoio ao fundo, que acumula compromissos financeiros de US$ 5,5 bilhões.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou um potencial de US$ 10 bilhões em aportes para o fundo, com a perspectiva de emissão de títulos para o setor privado, visando alcançar um total de US$ 25 bilhões na primeira fase.

Metas Brasileiras e Perspectivas

O Brasil busca limitar suas emissões de gases de efeito estufa até 2035, em um intervalo entre 850 milhões e 1,05 bilhões de toneladas de CO2. O objetivo é zerar as emissões líquidas no país até 2050. Além disso, o país pretende zerar o desmatamento ilegal até 2030 e o desmatamento em geral até 2035.

Especialistas consideram as metas brasileiras realistas, mas apontam a necessidade de maior ambição, reconhecendo o potencial do país na luta contra as mudanças climáticas. O evento busca impulsionar ações coordenadas para enfrentar o desafio global.

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