COP30: Açaí Tinto Surpreende com Inovação e Potencial na Gastronomia Amazônica

COP30 apresenta a novidade: aposta no açaí tinto como bebida alcoólica! Conferência em Pará traz a degustação da iguaria, iniciativa da Embrapa.

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(Imagem de reprodução da internet).

Inauguração da COP30 com Inovação: Aposta no Açaí Tinto

A Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre a Mudança do Clima (COP30) teve seu início oficial na segunda-feira, 10, em Pará. A abertura do evento trouxe consigo uma novidade que despertou curiosidade e interesse: a apresentação do açaí tinto como bebida alcoólica.

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Dias anteriores, as atividades preparatórias já antecipavam essa mudança, com uma abordagem diferenciada, marcada por reuniões, almoços e jantares onde a tradicional bebida de uva foi substituída.

A escolha do açaí tinto, resultado da fermentação da fruta que é símbolo do Brasil, foi uma iniciativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A decisão, segundo o órgão, visava homenagear a produção local e os produtos amazônicos.

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Logo nos primeiros dias em Belém, a degustação da iguaria se tornou uma experiência comum durante as refeições do evento.

Características e Avaliação do Açaí Tinto

O sabor do açaí tinto, conforme relatado por repórteres da EXAME presentes na COP30, não é doce, apresentando-se como bastante seco. A textura lembra a de um vinho comum, assim como a cor. Apesar de interessante e inovador, o produto se distingue significativamente do vinho tradicional de uva.

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“São produtos novos que, até o momento, ocupam mais um lugar de curiosidade do que efetivamente à mesa”, afirma Diego Arrebola, sommelier ASI e consultor na EntreCopos. Três vezes vencedor do Concurso Brasileiro de Sommeliers, Arrebola provou duas garrafas distintas, uma do Acre e outra do Pará, diferentes das que estão na COP30.

Processo de Produção e Mercado

A Flor de Samaúma e a Florisa Vinhos são as principais empresas envolvidas na produção do açaí tinto. A produção da bebida é quase idêntica ao vinho tinto, com duas exceções: o açaí tem menos açúcar e água do que a uva. “Adicionamos esses dois ingredientes para criar o mosto que será fermentado para ser tornar vinho.

O açúcar é adicionado somente antes da fermentação, pois é necessário para a levedura transformá-lo em álcool”, conta Marcos Vieira, um dos produtores da Flor de Samaúma.

Atualmente, a Flor de Samaúma trabalha com quatro rótulos diferentes de vinho de açaí. Já a Florisa, em parceria com a Azulay, comercializa dois e também trabalha com um licor da bebida, feito com destilado de cana-de-açúcar e cumaru, a baunilha amazônica.

O preço varia entre R$ 78 e R$ 115 por garrafa.

Perspectivas Futuras

Apesar do mercado ainda ser enxuto, a COP30 representou uma importante abertura para o açaí tinto. Os produtores e enólogos visam o futuro com otimismo, buscando consolidar o produto e explorar seu potencial na gastronomia e na economia local. A distribuição, por ora, é feita com foco em bares e restaurantes locais, com algumas garrafas chegando a outros estados do Brasil, mas ainda circulam mais no campo da curiosidade do que na apreciação como bebida alcoólica de grande prestígio.

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