COP-30 na Amazônia: Ausência de roteiro para abandonar combustíveis fósseis gera críticas e desafios ambientais. Decisão “Mutirão” não define metas claras
A Conferência das Partes (COP) 30, realizada na Amazônia, encerrou com resultados considerados insuficientes por diversos setores. Um dos pontos mais controversos foi a ausência de um roteiro claro e definido para a transição global do abandono dos combustíveis fósseis, como petróleo.
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O documento final, denominado “Decisão Mutirão”, publicado após intensas negociações, não apresentou um plano concreto para essa mudança, gerando críticas de ambientalistas e especialistas.
A decisão de não incluir um roteiro detalhado foi influenciada por diversos fatores, incluindo a resistência de países árabes, liderados pela Arábia Saudita, e pela Rússia. A pressão desses países dificultou a construção de um acordo que visasse a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, um dos principais motores do aquecimento global.
A falta de compromisso com um plano de ação imediato representa um retrocesso na luta contra as mudanças climáticas.
Embora a COP-30 tenha estabelecido alguns avanços, como a citação para que os países se esforcem para triplicar os recursos para adaptação até 2035, os prazos definidos foram considerados brandos por muitos. A meta de 2035 para o aumento do financiamento de adaptação, demandado principalmente pelos países em desenvolvimento, foi vista como insuficiente para lidar com os impactos já sentidos das mudanças climáticas, como as recentes chuvas no Rio Grande do Sul e a seca na Amazônia.
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Um dos pontos positivos da COP-30 foi o reconhecimento do papel dos povos indígenas na mitigação das mudanças climáticas, com a inclusão de uma menção aos seus direitos territoriais e conhecimentos tradicionais. No entanto, a ausência de um roteiro claro para a transição energética e os prazos postergados para o financiamento de adaptação continuam a representar desafios significativos para a proteção do meio ambiente e a garantia da justiça climática.
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