O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou um avanço significativo em dezembro, registrando um aumento de 0,4 ponto na série ajustada sazonal, atingindo 90,2 pontos, conforme divulgado pelo Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
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Esse resultado marca o quarto aumento consecutivo do índice, elevando-o ao nível mais alto desde dezembro de 2024.
Análise do Índice em Médias Móveis Trimestrais
Em médias móveis trimestrais, o ICC avançou 0,9 ponto. A análise indica uma tendência de recuperação na confiança do consumidor brasileiro.
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Avaliação da Economista Anna Carolina Gouveia
“A confiança do consumidor subiu pelo quarto mês seguido, impulsionada pela melhora das expectativas para os próximos meses, enquanto os indicadores que refletem a percepção sobre o momento atual recuaram”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Ibre/FGV, em nota oficial.
Indicadores Componentes em Dezembro
Em dezembro, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,4 ponto, para 83,4 pontos, após duas altas consecutivas. Já o Índice de Expectativas (IE) aumentou 1,4 ponto, para 95,2 pontos.
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Fatores Influenciadores e Perspectivas
“Nos últimos meses, a evolução do ICC vem sendo impulsionada sobretudo pelas expectativas, enquanto os indicadores de situação atual sugerem um quadro ainda desafiador para as famílias. Tais resultados refletem um consumidor menos pessimista, apoiado por um mercado de trabalho aquecido e maior poder de compra, enquanto as restrições financeiras associadas aos elevados níveis de endividamento e inadimplência continuam pressionando o orçamento”, completou Gouveia.
Variações por Faixa de Renda
A percepção sobre a economia local no momento presente recuou 1,7 ponto, para 94,1 pontos, enquanto a avaliação da situação financeira das famílias caiu 1,0 ponto, para 73,1 pontos. A expectativa para a economia local nos próximos meses subiu 3,6 pontos, para 108,3 pontos, e a perspectiva para a situação financeira futura da família aumentou 0,1 ponto, para 93,0 pontos.
O ímpeto de compras de bens duráveis cresceu 0,3 ponto, para 84,9 pontos.
Heterogeneidade na Confiança por Renda
A confiança variou de forma heterogênea entre as faixas de renda. No grupo com renda familiar até R$ 2.100 mensais, o índice avançou 4,2 pontos, para 90,4 pontos. No grupo que recebe entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800, houve queda de 5,2 pontos, para 87,6 pontos, e na faixa de R$ 4.800,01 a R$ 9.600, houve elevação de 1,5 ponto, para 88,7 pontos.
Para os consumidores com renda acima de R$ 9.600, o ICC registrou encolheu 0,6 ponto, para 94,1 pontos.
Conclusão
Os dados do ICC em dezembro refletem uma situação complexa, com avanços na confiança das expectativas e um cenário ainda desafiador para a percepção imediata da economia, demonstrando diferenças significativas na confiança entre as diversas faixas de renda.
