Computação quântica surge como aposta de trilhões, com foco na biodiversidade brasileira. Brasil planeja R$ 5 bilhões até 2034, diferente de EUA e China. #computaçãoquântica #Brasil #inovação
A computação quântica deixou de ser uma ideia futurista para se tornar uma aposta de trilhões de dólares. Segundo a consultoria McKinsey, essa tecnologia tem o potencial de gerar ganhos de até US$ 2 trilhões na próxima década. O investimento já é significativo, com China e Estados Unidos liderando com mais de US$ 42 bilhões e US$ 7,4 bilhões, respectivamente.
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O Brasil também busca se inserir nessa revolução, planejando investimentos públicos e privados de R$ 5 bilhões até 2034.
Ao contrário de potências como Google, IBM e Amazon, que investem em supercondutores – tecnologia que exige temperaturas extremamente baixas – o Brasil adota uma abordagem diferente. O país aposta na computação quântica fotônica, que utiliza a luz e se concentra na descoberta de novas moléculas.
Essa estratégia se baseia em um trunfo único: a vasta biodiversidade brasileira, presente na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado.
A computação quântica se baseia em qubits, que podem representar 0 e 1 simultaneamente, ao contrário dos bits tradicionais. Essa capacidade permite simular sistemas complexos de forma muito mais eficiente. A pesquisa nessa área envolve cientistas da física, matemática e engenharia, buscando superar as limitações dos computadores convencionais.
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Um dos principais desafios que a computação quântica pode resolver é o encaixe molecular, o processo de verificar se uma molécula de medicamento se encaixa na molécula alvo dentro de uma célula. Atualmente, essa etapa leva anos, mas com a computação quântica, o tempo pode ser reduzido para meses.
A riqueza da biodiversidade brasileira, com milhões de moléculas não estudadas, oferece um enorme potencial para o desenvolvimento de novos medicamentos e outras aplicações.
A Unicamp receberá, no próximo ano, um equipamento para fabricar chips quânticos. Dois institutos de pesquisa (INCTs) foram criados, um em Pernambuco para Computação Quântica Aplicada e outro em Campinas para Dispositivos Quânticos. A FAPESP destinou R$ 150 milhões para a computação quântica.
Além disso, a convergência da computação quântica com a inteligência artificial (IA) abre novas possibilidades, como o treinamento de IA com menor consumo de energia.
Apesar dos avanços, a computação quântica ainda enfrenta desafios, como o teorema da não clonagem, que impede a cópia de informações quânticas. No entanto, pesquisadores como Pierre Louis de Assis, professor da Unicamp, são otimistas em relação ao futuro da computação quântica no Brasil, destacando a importância do capital humano qualificado e o potencial de desenvolvimento dessa tecnologia.
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