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Como legitimar a ascensão de oficiais responsáveis pela morte de jovens negros e de baixa renda?

Castro considerou adequado o nomear o coronel afastado do comando do Bope após a ocorrência que ceifou a vida de Herus.

Por: redacao

11/09/2025 8:46

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A política fluminense, por vezes, causa frustração. Essa frustração se intensifica pela hipocrisia evidente. Quando a direita se apresenta como defensora da segurança pública, promovendo narrativas midiáticas sobre “lei e ordem” no Legislativo, e assegura cortes para mídias sociais, o governo estadual demonstra a falta de compromisso com a vida. É difícil acreditar em uma política de segurança que, ao mesmo tempo, promete resultados, ao ignorar a morte de pessoas inocentes. É difícil acreditar em uma gestão que justifica a ascensão de oficiais por critérios técnicos, ao ignorar a morte de jovens negros e pobres.

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Discute do ocorrido recente, que indigna e aflige. O governo de Cláudio Castro nomeou o coronel Aristheu de Góes Lopes, destituído do comando do Bope justamente após a tragédia que ceifou a vida de Herus Guimarães Mendes, para a Superintendência da Polícia Militar. A alegação? “Critérios técnicos e estratégias do comando”. Quais critérios são estes que recompensam quem reconheceu que procedimentos não foram cumpridos em uma operação que resultou na morte de um jovem ingênuo? Que estratégia é essa que legitima a violência e converte o sofrimento de uma família em simples nota de condolências?

Apesar da ausência de irregularidades formais na designação, existe uma grave falta de ética ao desconsiderar o falecimento de Herus. E não somente a sua morte, mas o padrão que se repete no Rio de Janeiro: os corpos negros e pobres sendo tratados como descartáveis em nome de uma segurança pública que nunca é efetivada.

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O ridículo é tamanha, meus amigos, que inclusive a Corregedoria da PM indiciou policiais militares em relação à morte de Herus naquela operação desastrosa e absurda ocorrida na festa junina em Santo Amaro. Um dos indiciados admitiu ter efetuado 13 disparos após sua equipe alegar ter sofrido ataque de criminosos. O inquérito, conforme divulgado pela imprensa, não foi sequer publicado no Boletim Interno da PM e a família continua sendo revitimizada a cada notícia sobre o caso.

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Não há exceções, é lei. A existência de Herus ainda ressoa devido à denúncia, ao acompanhamento e à mobilização. Contudo, quantos outros não recebem sequer esse direito? Quantos outros continuam sendo apenas estatística, enterrados sem um mínimo de justiça, enquanto governos e comandos policiais seguem recompensando aqueles que deveriam ser responsabilizados por violações.

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania acompanha a família de Herus desde as primeiras horas, segue a acolhendo após a operação, e continuará cobrando justiça. É necessário repetir quantas vezes for necessário: não basta investigar policiais, é preciso rever a lógica que guia a política de segurança fluminense. Porque, no fim, não são apenas operações equivocadas, feitas sem nenhuma inteligência, arriscando as vidas inclusive dos próprios agentes públicos. É um projeto político que decide quais vidas importam e quais vidas podem ser destruídas.

Enquanto essa política de morte não se alterar, manteremos viva a memória de Herus e de muitos outros que tiveram suas vidas interrompidas. Eles podem tentar nos desmotivar, porém continuaremos determinados, lutando ao lado daqueles que sofrem diretamente com a negligência de um governo que desrespeita a população mais carente do Rio.

Dani Monteiro é deputada estadual (Psol/RJ) e preside a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj.

Este texto é uma opinião e não reflete a coluna editorial do Brasil do Fato.

Fonte por: Brasil de Fato

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