Comitê da Cruz Vermelha acompanha semanas de troca de reféns entre Israel e Hamas
Comitê Internacional da Cruz Vermelha atua nas trocas de prisioneiros entre Israel e Hamas durante o cessar-fogo.

CICV Aponta Desafio Prolongado na Devolução de Restos Mortais de Reféns em Gaza
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) declarou nesta terça-feira (14) que a recuperação dos restos mortais dos reféns falecidos na guerra entre Israel e Hamas representa um “enorme desafio”, devido às dificuldades encontradas na busca por corpos em meio aos escombros de Gaza.
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O grupo palestino liberou os últimos reféns israelenses vivos de Gaza na segunda-feira (13), sob um acordo de cessar-fogo proposto pelo presidente dos Estados Unidos, e Israel enviou ônibus com detidos palestinos para retornar ao país.
Até o momento, apenas quatro caixões contendo os restos mortais de reféns falecidos foram devolvidos a Israel, com mais de 20 corpos ainda sem localização e devolução.
“É um desafio ainda maior do que libertar as pessoas vivas”, afirmou o porta-voz do CICV, Christian Cardon, ressaltando que a operação pode levar dias ou semanas e que existe a possibilidade de que alguns corpos nunca sejam encontrados.
Cardon enfatizou que as partes envolvidas devem priorizar essa tarefa, evitando fornecer mais detalhes sobre o possível paradeiro dos reféns mortos devido à sensibilidade da operação em andamento.
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O CICV, com sede em Genebra, está fornecendo 23 funcionários, sacos para cadáveres e veículos refrigerados para garantir o tratamento respeitoso e digno dos mortos em Gaza, que foi drasticamente danificada pela guerra.
“Todas as partes devem garantir que o retorno dos restos mortais seja feito em condições dignas e que a dignidade e a humanidade sejam preservadas”, declarou o comitê em um comunicado.
O CICV elogiou a discrição na entrega dos 20 reféns vivos na segunda-feira (13), evitando as cerimônias de libertação de reféns conduzidas anteriormente pelo Hamas. O comitê tem atuado como intermediário neutro, facilitando a transferência de 172 reféns e 3.472 detidos palestinos desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023.