Comissão Parlamentar Mista do INSS ouviu, nesta quinta-feira, o ex-ministro da Previdência no governo Bolsonaro
A comissão apura se José Carlos Oliveira deixou de tomar providências que pudessem evitar as irregularidades apontadas na denúncia.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes contra aposentados e pensionistas no INSS fará ouvir José Carlos Oliveira (Ahmed Mohamad Oliveira). Ele exerceu a presidência do INSS entre novembro de 2021 e março de 2022, além de ter sido ministro do Trabalho e da Previdência entre março e dezembro de 2022. A CPMI busca determinar se Oliveira omitiu informações sobre ações que poderiam evitar as irregularidades apontadas na época. Citado em investigações da Polícia Federal, ele teria vínculo com uma das associações que receberam descontos de aposentados e pensionistas. A audiência está agendada para as 9h, no plenário 2, da ala Nilo Coelho, no Senado, e será interativa, permitindo o envio de perguntas.
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Esta semana, a CPMI ouviu o ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi, durante o governo Lula. Lupi nega omissão e afirma que a CPMI do INSS identificou a “magnitude do problema” somente após investigação da PF. O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), declarou que, na condução das audiências com ex-dirigentes da Previdência, o colegiado ainda pretende ouvir o ministro Carlos Gabas (governo Dilma) e o ministro Onyx Lorenzoni (governo Bolsonaro).
Carlos Viana aguarda uma participação relevante de todos os ex-ministros da Previdência. “Eles não são chamados, são convidados, portanto poderão organizar os depoimentos de acordo com o seu prazo. Caso não compareçam, serão intimados”. “Tenho grande confiança de que todos virão para colaborar e fornecer as informações.”
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito é formada por 16 senadores e 16 deputados, com o mesmo número de suplentes, e possui um prazo de 180 dias para apurar fraudes no INSS. A comissão irá investigar os descontos indevidos em benefícios do INSS cometidos por associações de representação de aposentados, a partir de 2019, conforme investigações da Polícia Federal. A fraude pode ter atingido R$ 6,4 bilhões ao longo de seis anos.
Com informações da Agência Câmara de Notícias e Jornal da Manhã.
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Fonte por: Jovem Pan