Comissão Europeia fecha acordo para interromper importação de gás russo até 2027, buscando independência energética e solidariedade com a Ucrânia
A Comissão Europeia anunciou, na quarta-feira, 3 de dezembro de 2025, um acordo preliminar com o Parlamento Europeu. A União Europeia (UE) pretende interromper efetivamente e permanentemente a importação de gás da Rússia até novembro de 2027. O objetivo central é diminuir a dependência energética do bloco em relação ao país liderado por Vladimir Putin.
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A proposta, que ainda necessita da aprovação formal do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, prevê a eliminação das importações de GNL (gás natural liquefeito) da Rússia até o final de 2026. O gás transportado por gasodutos deverá ser interrompido até setembro de 2027.
Em nota, a Comissão Europeia informou que, “excepcionalmente”, os Estados-Membros poderão estender esse prazo até 31 de outubro de 2027, caso seus níveis de armazenamento estejam abaixo do exigido.
De acordo com o acordo, os países do bloco deverão apresentar planos nacionais de diversificação, detalhando as medidas para compensar a ausência dos insumos provenientes da Rússia, até 1º de março de 2026. Além disso, eles deverão informar a Comissão Europeia sobre a existência de contratos de fornecimento de gás russo em vigor.
Para evitar o contorno da proibição, a UE estabelecerá mecanismos de monitoramento e exigirá cooperação e troca de informações entre as autoridades sobre as importações de gás natural.
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A Comissão Europeia destaca que a dependência da UE do gás russo caiu de 45% das importações totais no início da guerra na Ucrânia para 13% no primeiro semestre de 2025.
As importações de petróleo também diminuíram, de 27% no início de 2022 para 2% atualmente.
“Hoje, entramos na era da plena independência energética da Europa em relação à Rússia”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Ao esgotar o caixa de guerra de [Vladimir] Putin [presidente da Rússia], estamos solidários com a Ucrânia e voltamos nosso olhar para novas parcerias energéticas e oportunidades para o setor”, declarou.
Dan Jørgensen, comissário de Energia e Habitação, afirmou que “finalmente”, a Europa está “fechando a torneira” do gás russo. “A Europa escolheu a segurança energética e a independência. Nunca mais voltaremos à nossa perigosa dependência da Rússia.
Nunca mais voltaremos a suprimentos voláteis e à manipulação do mercado. Nunca mais voltaremos à chantagem energética e à exposição econômica”, disse.
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