Comissão da ONU afirma que o povo israelense foi manipulado por Netanyahu e seus cúmplices
Chris Sidoti, da COI, admitiu o “quão traumático foi o dia 7 de outubro para Israel”, mas argumentou que “é hora de que interrompam a guerra genocida qu…

A Comissão Internacional de Investigação da ONU, que declarou nesta terça-feira (16) que foi cometido um genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza, acusou o governo de Israel de ter manipulado o povo israelense do princípio ao fim após os ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023 e responsabilizou diretamente o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seus colaboradores.
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“Não podemos entender o quão traumático foi o 7 de outubro para o povo de Israel. E o trauma e o seu sofrimento foram manipulados de forma implacável por Netanyahu e seus cúmplices durante os últimos dois anos. Já é hora de que eles parem”, disse o membro da comissão, Chris Sidoti.
Este comitê de investigação, estabelecido pelo Conselho de Direitos Humanos (anteriormente, antes do conflito), divulgou hoje um relatório com 16 mil itens de evidência que sustentam a alegação de que as autoridades israelenses e suas forças de segurança praticaram quatro dos cinco atos genocídicos definidos no direito internacional.
Em uma coletiva de imprensa em Genebra, Sidoti declarou que espera que o relatório alcance o público israelense e a mídia – com exceções – que “regularmente suprime informações críticas às quais as pessoas têm direito e das quais as pessoas precisam”.
O povo de Israel foi traído por seu governo desde o início. Traídos em 7 de outubro, quando 1.200 israelenses foram mortos, traídos pelo governo em sua abjeta recusa em tomar medidas para resgatar os reféns.
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Apesar de ter destacado que não se pode comparar isso com o sofrimento do povo palestino, defendeu que se deve reconhecer que os cidadãos israelenses também são vítimas da atuação de seus governantes. “Tudo o que possamos fazer para ajudar o povo de Israel a perceber o que está ocorrendo, a assumir a responsabilidade pelas ações de seu governo e a agir para solucionar essa situação, só pode ser algo bom e positivo”.
A presidente da comissão, a magistrada sul-africana Navi Pillay, expressou seu pesar pelo fato de o mundo ter frustrado sua promessa de que um genocídio jamais ocorreria, após os eventos em Ruanda em 1994 e na Bósnia entre 1992 e 1995. “A Convenção sobre o Genocídio surgiu dos momentos mais sombrios da humanidade (em 1948, após a Segunda Guerra Mundial) e hoje presenciamos em tempo real a quebra da promessa de ‘nunca mais’ diante dos olhos do mundo”.
Pillay solicitou que os países de todo o mundo atuem prontamente: “Não é preciso aguardar que a Corte Internacional de Justiça o declare um genocídio. Todos os Estados estão obrigados a empregar todos os meios que tiverem à disposição para impedir que mais crimes ocorram, não apenas em Gaza, mas em todo o território palestino ocupado”.
Com informações da EFE
Fonte por: Jovem Pan