Rio de Janeiro é “quartel-general” do Comando Vermelho, diz secretário. Operação Contenção prende 113 suspeitos e mata 117 criminosos.
O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, declarou que os complexos da Penha e do Alemão se transformaram no “quartel-general nacional” do Comando Vermelho. A afirmação foi feita em entrevista sobre o balanço da operação Contenção, que resultou na prisão de 113 pessoas e na morte de 117 criminosos.
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Segundo Santos, esses locais são o centro de comando para as operações da facção em todo o país.
A operação Contenção revelou que os complexos da Penha e do Alemão são utilizados para treinamentos intensivos, incluindo tiro, tática de guerrilha e manuseio de armamento. Além disso, a área serve como local de formação de novos criminosos, provenientes de diferentes estados.
Os investigadores identificaram diversos líderes do tráfico envolvidos na operação, muitos deles com atuação em estados vizinhos. A lista inclui nomes como PP, chefe do tráfico no Pará; Oruan, também do Pará; Chico Rato, líder do tráfico em Manaus (AM); Gringo, também atuante em Manaus (AM); DG, chefe do tráfico na Bahia; FB, também ligado ao tráfico na Bahia; e Russo, apontado como chefe do tráfico em Vitória (ES).
Entre os presos, destacam-se Mazola, chefe do tráfico em Feira de Santana (BA); Fernando Henrique dos Santos, líder em Goiás; e Rodinha, chefe do tráfico em Itaberaí (GO). Santos informou que pelo menos um terço dos indivíduos presos eram de outros estados, confirmando alertas anteriores sobre o Rio como base operacional para o crime organizado nacional.
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O secretário ressaltou que, há cinco anos, já alertava sobre o impacto das restrições às operações policiais no fortalecimento das facções. A situação atual, segundo ele, é a consequência direta dessas limitações, que levaram ao aumento das disputas territoriais e à transformação das favelas em bases do crime organizado.
Santos comparou a situação à expansão do tráfico durante a época das UPPs, destacando que as restrições às operações agora estão replicando o modelo criminoso em todo o país. A facção está “exportando” sua cultura para estados como Bahia, Ceará, Amazonas, Pará e outros, conforme o secretário.
A declaração de Victor Santos evidencia a gravidade da situação, com o Rio de Janeiro se tornando um ponto central para a organização criminosa. A complexidade da situação exige ações coordenadas para conter a expansão do Comando Vermelho e seus impactos em todo o território nacional.
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