O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, apresentou nesta quinta-feira (23) acusações graves contra os Estados Unidos, alegando que o país comete “execuções extrajudiciais” em operações militares. Essas ações, realizadas sob a ordem do então presidente Donald Trump, visavam embarcações suspeitas de envolvimento no tráfico de drogas, ocorrendo no Caribe e no Pacífico.
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De acordo com Petro, os ataques resultaram em 37 mortos e violaram o direito internacional, caracterizando o uso desproporcional da força.
Críticas e Repercussão Diplomática
As declarações de Petro reacenderam a crise diplomática entre Bogotá e Washington, historicamente aliados no combate ao narcotráfico. Desde agosto, os EUA intensificaram uma mobilização militar sem precedentes na região, utilizando destróieres, navios com forças especiais e um submarino, operações que, segundo fontes militares, atingiram embarcações próximas de águas colombianas.
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A situação gerou tensões significativas entre os dois países.
Retaliação e Acusações Recíprocas
A escalada da crise se intensificou com a decisão de Trump de remover a Colômbia da lista de países aliados na luta antidrogas, revogar o visto de Gustavo Petro e suspender ajudas financeiras estimadas em mais de US$ 740 milhões anuais. O presidente americano também acusou Petro de ser um “líder narcotraficante”.
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Em resposta, Petro rebateu as acusações, afirmando que as ações americanas fazem parte de uma estratégia geopolítica para “demolir a América Latina”, com o objetivo de tomar o petróleo da Venezuela e interferir nas eleições colombianas de 2026.
Alerta sobre Invasão e Diálogo Contínuo
Petro alertou que “qualquer ação terrestre será considerada uma invasão e uma ruptura da soberania nacional”. A Casa Branca, por meio da porta-voz Karoline Leavitt, respondeu que “não há sinais de desescalada por parte do perturbado líder da Colômbia neste momento”.
Enquanto isso, diplomatas dos dois países buscam conter a crise. O Ministério das Relações Exteriores colombiano confirmou um novo encontro com o encarregado de negócios dos EUA em Bogotá, John McNamara, descrevendo o diálogo como “franco”, mas sem avanços concretos.
