Ministra Dweck apresenta dados do CNU 2025: 8.508 não fizeram prova discursiva. A análise revelou 38% de confiança no serviço público.
A ministra do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou dados sobre a 2ª fase do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) 2025, também conhecido como “Enem dos Concursos”. A análise da participação dos candidatos nas provas discursivas, aplicadas em 7 de dezembro de 2025, revelou que 8.508 pessoas, das 42.000 inscritas, não compareceram às avaliações.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Esse número, embora significativo, foi inferior à abstenção da 1ª fase, que atingiu 43%.
A aplicação das provas ocorreu sem intercorrências em 228 cidades, abrangendo todos os estados e o Distrito Federal. A operação foi monitorada em tempo real pelo Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, com apoio da Polícia Rodoviária Federal.
A ministra destacou que o CNU deixou de ser apenas uma inovação administrativa, consolidando-se como uma política pública estruturante para recompor a capacidade do Estado.
Dweck mencionou que o governo federal iniciou o 3º mandato com um Estado fragilizado, sem pessoal suficiente e sem instrumentos adequados para executar políticas públicas. O concurso é, portanto, essencial para essa reconstrução. A ministra também relacionou a retomada dos concursos à melhora de indicadores sociais, citando o aumento da confiança no serviço público de 26% para 38% em 2025, em linha com a média da OCDE.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A recuperação do emprego, a redução da pobreza e a saída do Brasil do mapa da fome foramixadas com essa melhora.
A 2ª edição do CNU oferece 3.652 vagas, distribuídas em 32 órgãos federais. Há 2.480 vagas imediatas e 1.172 para provimento em curto prazo após a homologação dos resultados. As provas objetivas foram aplicadas em 5 de outubro, e as discursivas em 7 de dezembro.
As provas discursivas homologaram 20.107 inscrições em vagas reservadas, com números expressivos para pessoas negras (14.659), indígenas (634), quilombolas (616) e pessoas com deficiência (4.198).
A ministra destacou que 57,12% dos 42.499 convocados para a prova discursiva são mulheres. Sem a política de equiparação, a proporção seria inversa, com maioria masculina. No cargo de Analista Técnico de Justiça e Defesa, no bloco 7, a equiparação ajustou a proporção para 50% de mulheres e 50% de homens. “Mais de 500 mulheres adicionais foram classificadas”, afirmou.
A equiparação só é aplicada quando há predominância masculina, enquanto em áreas com maioria feminina, a regra não é utilizada.
O período de caracterização de deficiência e confirmação das cotas raciais e quilombolas será de 8 a 17 de dezembro. O resultado preliminar da avaliação de títulos será divulgado em 8 de janeiro, seguido por um prazo de 9 a 12 de janeiro para recursos.
A lista de aprovados nas vagas imediatas e da lista de espera será publicada em 15 de janeiro, com chamadas e início das convocações para cursos de formação ou posse ocorrendo em 16 de março.
A ministra encerrou a coletiva agradecendo a atuação conjunta de órgãos como PRF, Polícia Federal, Força Nacional, Ministérios, governos estaduais, FGV, Dataprev e equipes do próprio MGI. “Esse é um trabalho coletivo”, disse.
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!