CNT Revela: Nove das Melhores Rodovias do Brasil São de Responsabilidade Privada

Estudo da CNT aponta: 9 das 10 melhores rodovias do Brasil são privadas, com destaque para trechos em São Paulo. A pesquisa avaliou condição do pavimento e segurança

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(Imagem de reprodução da internet).

Ranking de Rodovias Brasileiras: Privado e Público

Um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) revelou que nove das dez melhores rodovias do Brasil são de responsabilidade da iniciativa privada, com destaque para trechos estaduais localizados no Sudeste, principalmente em São Paulo. O levantamento, parte da Pesquisa CNT de Rodovias 2025, divulgada em 17 de dezembro de 2025, avaliou as vias com base em critérios como a condição do pavimento, sinalização e geometria, incluindo traçado, curvas, inclinações, largura das faixas e a existência de acostamentos.

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O documento completo está disponível em formato PDF (47 MB).

Apenas um dos dez trechos classificados como “ótimos” é administrado diretamente pelo poder público: a SP-320, localizada no interior de São Paulo. Os demais trechos estão sob concessão, abrangendo tanto rodovias estaduais quanto federais. Segundo a CNT, o desempenho superior das rodovias concedidas está relacionado à maior frequência de manutenção e à previsibilidade dos investimentos.

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Em 2025, a pesquisa analisou 30.130 quilômetros de estradas concedidas, representando 26,4% da extensão total avaliada. As vias concedidas apresentam, em média, padrões de conservação, sinalização e geometria superiores aos observados na malha pública.

O contraste se acentua ao analisar as dez piores rodovias do país, todas de gestão pública e concentradas em estados do Norte, Nordeste e Sul. Essas vias foram classificadas como “péssimas”, apresentando problemas significativos de pavimento, sinalização inadequada e falhas geométricas, fatores que aumentam o risco de acidentes e elevam os custos do transporte.

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Apesar da melhoria geral registrada em 2025, com um aumento na proporção de rodovias avaliadas como “ótimas” ou “boas” (de 33% para 37,9%), a maior parte da malha brasileira ainda enfrenta deficiências. A CNT ressalta que a diferença nos resultados entre as concessões e a gestão pública reforça a necessidade de ampliar os investimentos e avançar com modelos de parcerias com a iniciativa privada.

“As concessões realizadas em 2025 foram cruciais para melhorar a qualidade das rodovias brasileiras. Elas impulsionaram investimentos em manutenção e modernização, aumentando a segurança e o conforto dos usuários. Esse modelo complementa os esforços do poder público e garante vias melhores para o desenvolvimento do país”, afirmou , presidente da CNT.

A organização destaca que a precariedade das estradas impacta diretamente os custos logísticos e a competitividade da economia. A má qualidade do pavimento eleva, em média, em 31,2% os custos operacionais do transporte rodoviário, podendo chegar a 35,8% nas rodovias sob gestão pública.

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