Retomada de Angra 3 é Definida pelo CNPE
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou nesta quarta-feira (1º) uma resolução que estabelece a retomada dos estudos para a continuidade da usina nuclear Angra 3, envolvendo a Eletronuclear e o BNDES. A decisão representa um marco importante para o setor energético brasileiro.
A resolução determina que os estudos considerem a manutenção dos termos do acordo existente entre a Eletrobras e a ENBPar, com a participação de um parceiro privado, visando a conclusão do empreendimento utilizando recursos exclusivamente públicos (ENBPar e União). Além disso, é necessário um detalhamento dos custos associados ao abandono do projeto, avaliando os impactos para todas as partes envolvidas.
Análise de Custos e Impactos
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou o apoio à retomada das obras de Angra 3. Uma análise do BNDES revelou que o investimento necessário para finalizar a usina é similar ao custo de abandoná-la. Estima-se que o volume de recursos necessários para a conclusão da usina seja de R$ 23 bilhões, enquanto o custo para desistir é de R$ 21 bilhões.
Os custos de um possível abandono incluem o pagamento de dívidas com instituições financeiras, multas contratuais, indenizações para fornecedores e a perda de benefícios fiscais já obtidos. A decisão do CNPE busca uma análise completa para garantir a viabilidade do projeto e evitar desperdícios de recursos públicos.
Considerações Finais
A retomada de Angra 3 é um tema complexo, que envolve aspectos técnicos, econômicos e financeiros. A análise detalhada dos custos e impactos, determinada pelo CNPE, é fundamental para garantir que o projeto seja realizado de forma sustentável e eficiente, contribuindo para o desenvolvimento da matriz energética brasileira.