Sondagem da CNI aponta queda histórica na demanda industrial e expectativas empresariais. Marcelo Azevedo alerta para ritmo de crescimento mais moderado em 2025
O índice de expectativa de demanda por produtos industriais registrou uma queda significativa em novembro, atingindo 51,3 pontos, um declínio de 1,2 pontos em relação aos 52,5 pontos observados em outubro. Este resultado representa o pior desempenho para o mês de novembro desde 2016, conforme divulgado pela Sondagem Industrial da CNI (Confederação Nacional da Indústria) na segunda-feira, 24 de novembro de 2025.
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Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, destacou que, apesar das festas de fim de ano poderem impulsionar a demanda nos próximos meses, o ritmo de crescimento deverá ser mais moderado em comparação com anos anteriores. Os empresários da indústria relatam uma percepção de queda na procura por seus produtos.
Paralelamente à queda na demanda por produtos industriais, o índice de expectativa de compra de insumos e matérias-primas também diminuiu, passando de 51 pontos para 50 pontos. Essa redução indica uma estabilidade na aquisição desses materiais, contrastando com a expectativa anterior de aumento.
Adicionalmente, os índices de número de empregados e de exportação também apresentaram sinais de desaceleração. O índice de número de empregados caiu para 49,1 pontos, enquanto o índice de exportação atingiu 48 pontos, refletindo a expectativa de uma diminuição tanto no emprego quanto nas vendas externas.
O indicador de intenção de investimento subiu para 55,2 pontos, após um período de crescimento no segundo semestre, porém, permanece abaixo do patamar observado no final de 2024. A produção industrial em outubro avançou, com um índice de 51,5 pontos, e a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) cresceu para 71%, igualando o nível do ano anterior, mas distante dos 74% registrados em outubro de 2024.
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O nível de estoques se aproximou do planejado, com o indicador de evolução do estoque caindo para 50,3 pontos e o estoque efetivo para 50,2 pontos, ambos próximos da linha divisória de 50 pontos, que indica estabilidade. A sondagem da CNI entrevistou 1.446 empresas entre 3 e 12 de novembro, abrangendo pequenas (603), médias (492) e grandes (351) empresas.
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