O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, expressou nesta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, suas preocupações em relação à proposta de reduzir a jornada de trabalho semanal. Alban argumentou que a realidade do mercado de trabalho brasileiro é predominantemente de “5 e meio por 1 e meio”, com uma parcela significativa das empresas operando com “5 por 2”.
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Ele ressaltou a necessidade de uma discussão ponderada sobre o tema, considerando os desafios de produtividade enfrentados pelo país.
Problemas de Produtividade e Déficits
Alban enfatizou que o Brasil enfrenta problemas fiscais significativos, incluindo um déficit fiscal preocupante e a qualidade questionável da oferta de serviços públicos. Ele questionou como o governo pretende substituir a mão de obra existente, onerando ainda mais o custo fiscal, especialmente considerando a competitividade do país no cenário internacional.
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Projeções Econômicas e a Selic
A CNI divulgou uma estimativa de crescimento de 1,1% do PIB industrial em 2026. A entidade projeta um crescimento da economia brasileira de 1,8% no próximo ano. A confederação avalia que a taxa básica de juros, a Selic, em patamar restritivo, pode impactar negativamente o crescimento econômico.
Dados do IBGE e Inflação
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,7% no acumulado de 12 meses até o terceiro trimestre de 2025. Houve uma desaceleração em relação à taxa de expansão anual de 2,4% observada no segundo trimestre de 2021.
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A inflação, medida pelo IPCA, cedeu para 4,46% ao ano.
Conclusão
A CNI demonstra preocupação com a proposta de redução da jornada de trabalho, destacando a necessidade de uma análise cuidadosa, considerando os desafios econômicos e de produtividade do Brasil. A entidade acompanha de perto os dados divulgados pelo IBGE e as decisões do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa Selic.