O Brasil incorre em perdas significativas, descartando anualmente cerca de 20% do seu Produto Interno Bruto (PIB) devido a ineficiências que prejudicam a produção, o investimento e a competitividade. Segundo dados do Observatório Custo Brasil (OCB), elaborado em parceria pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), essas ineficiências resultam em aproximadamente R$ 1,7 trilhão em perdas, atribuídas à burocracia, infraestrutura precária, sistema tributário complexo e outros obstáculos que afetam empresas e consumidores.
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Principais Barreiras Identificadas
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada entre 14 de julho e 7 de agosto de 2025 pelo Instituto Nexus, ouviu 1.002 empresários industriais de diferentes portes e regiões do país. Os resultados apontam que a carga tributária é o principal problema, citado por 70% dos entrevistados.
Outros 62% mencionam a falta de mão de obra qualificada, enquanto 27% destacam os juros altos como barreiras à competitividade.
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Impactos da Ineficiência
A ineficiência econômica se manifesta em diversas áreas, afetando a sociedade como um todo. Cada etapa perdida em processos burocráticos, atrasos logísticos e impostos sobre impostos elevam os preços dos produtos e limitam a capacidade de investimento das empresas.
Isso resulta em menos empregos, menor produtividade e um crescimento econômico abaixo do potencial do país.
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Propostas para um Brasil Mais Competitivo
Para reduzir o “Custo Brasil”, a CNI busca criar condições favoráveis para o investimento, a inovação e o crescimento. A entidade propõe reformas estruturais que aumentem a eficiência do Estado e diminuam o peso sobre a produção. As prioridades incluem a simplificação tributária, a melhoria da infraestrutura, a formação profissional e um ambiente de negócios mais previsível.
A CNI também defende políticas públicas voltadas à produtividade e à redução sustentável dos juros, consideradas essenciais para fortalecer a indústria e estimular o investimento privado.
Conclusão: Um Desafio Coletivo
Superar o “Custo Brasil” exige a coordenação de governos, empresas e sociedade para eliminar desperdícios, simplificar processos e impulsionar a produtividade. Em um cenário global cada vez mais competitivo, o país não pode continuar perdendo trilhões de reais em ineficiências internas.
Reduzir o “Custo Brasil” é mais do que uma questão econômica; é uma condição essencial para o futuro do Brasil, tornando-o mais atrativo, eficiente e preparado para um crescimento sustentável.
