Índice caiu para 95,7 pontos, menor nível desde maio de 2021 (94,7 pontos), gerando insatisfação.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou dados que indicam uma menor confiança entre os comerciantes brasileiros em outubro. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou uma queda de 1,1% em comparação com setembro, considerando os fatores sazonais.
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Este é o quarto mês consecutivo de declínio, resultando em um índice de 95,7 pontos, situando-se na zona de insatisfação e o menor nível desde maio de 2021, quando o índice era de 94,7 pontos.
A redução do Icec reflete a cautela dos empresários diante das condições econômicas atuais. Segundo José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, “os dados confirmam a percepção de cautela sobre os negócios, pressionados pela taxa de juros elevada, incerteza econômica e deterioração das expectativas para os próximos seis meses”.
A situação atual impacta negativamente o setor comercial.
As análises do Icec detalham variações nos componentes. O componente de avaliação das condições atuais diminuiu 5,4%, com quedas nos itens economia (-9,1%), empresa (-2,7%) e setor (-6,3%). Por outro lado, o componente das expectativas subiu 0,8%, impulsionado por aumentos nos quesitos economia (+1,5%) e setor (+1,7%), porém com uma redução no componente da empresa (-0,4%).
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A intenção de investimentos também diminuiu 0,4%, com quedas nos investimentos na empresa (-1,2%) e na contratação de b(-0,4%), mas com um aumento nos estoques (+0,4%).
A CNC ressaltou que, entre julho e outubro, o Icec acumulou uma perda de 10,3%. A entidade alerta que a sequência de quatro quedas mensais consecutivas sugere persistência do pessimismo no curto prazo. A reversão desse cenário depende de fatores como a redução da taxa Selic, a manutenção do mercado de trabalho e a diminuição das incertezas políticas e econômicas.
Apesar do potencial alívio temporário do quarto trimestre, os indicadores apontam para um ambiente desafiador para o varejo nos próximos meses.
Dentro dos segmentos varejistas, o comércio de bens não duráveis apresentou uma queda de 0,3% na confiança em outubro em relação a setembro. O índice do varejo de bens de consumo duráveis diminuiu 3,2% no período, e o de bens semiduráveis caiu 1,1%.
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