A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou sua avaliação do ano que passou, destacando o Congresso Nacional e a dívida pública como fatores críticos para a desigualdade e a fragilidade da democracia no Brasil. A entidade ressalta que o pagamento elevado de juros e amortizações da dívida limita os investimentos em áreas cruciais como educação, saúde, habitação e segurança.
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Críticas ao Congresso Nacional
A CNBB atribui ao Congresso Nacional um papel central nesse cenário, apontando para a “perda de decoro” e a “falta de responsabilidade” de algumas autoridades, especialmente do Congresso Nacional. A entidade considera que decisões legislativas e disputas políticas contribuíram para enfraquecer os mecanismos democráticos e aumentar a desconfiança nas instituições.
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Avanços e Desafios
Apesar das críticas, a CNBB reconhece avanços em áreas como saúde, economia e sustentabilidade. Entre os avanços mencionados, destaca-se o aumento da proporção de médicos por habitante e a valorização do Sistema Único de Saúde (SUS). No campo econômico, o texto registra a estabilidade da inflação, a queda do desemprego e o Produto Interno Bruto (PIB), além da expansão do cooperativismo e a abertura de novos mercados internacionais.
Participação em Debates Climáticos
A CNBB também menciona a participação do Brasil na consolidação de sua liderança em energias renováveis, ressaltando que a Igreja se envolveu no debate climático “não como protagonista político”, mas com o objetivo de contribuir para caminhos comuns diante da crise ambiental e do cuidado com a “Casa Comum”.
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A entidade destaca o aumento do investimento privado em práticas de sustentabilidade e a realização de plebiscito popular sobre temas relevantes.
Defesa de Valores Fundamentais
Ao final, a CNBB reafirma a necessidade de diálogo, responsabilidade institucional e cuidado com o país, defendendo que discursos de ódio, manipulação da verdade e interesses particulares não podem prevalecer sobre o interesse coletivo. A entidade enfatiza que nenhum projeto político deve se sobrepor à vida, à justiça social e à democracia.
