A Cloudflare, uma das maiores redes online, enfrentou uma queda significativa na manhã de terça-feira (18). Esse incidente causou instabilidade em serviços populares como X (antigo Twitter), ChatGPT, Amazon e Canva, conforme dados da ferramenta Down Detector.

A situação gerou problemas de conexão e lentidão em diversas plataformas.

Resposta da Cloudflare

A empresa admitiu estar ciente dos problemas e informou que estava trabalhando para entender o impacto e buscar soluções para mitigar as dificuldades. Posteriormente, a Cloudflare comunicou que foram implementadas ações para a recuperação do sistema, e os níveis de erros retornaram aos valores anteriores ao ocorrido.

Entendendo a Cloudflare

A Cloudflare opera uma das redes mais rápidas e abrangentes do mundo. Fundada em 2009, a empresa americana se especializa em infraestrutura de internet, oferecendo serviços de segurança, desempenho e confiabilidade para sites e aplicativos. Atua como um intermediário entre o navegador do usuário e o servidor do site, utilizando uma CDN (Rede de Distribuição de Conteúdo) para espalhar cópias de dados em diversos servidores globalmente.

Serviços Oferecidos

A Cloudflare oferece proteção contra ataques DDoS (negação de serviço distribuída), WAF (Firewall de Aplicações Web), criptografia de dados com SSL/TLS (certificados gratuitos), sistema de DNS e DNSSEC, e Edge computing com Cloudflare Workers.

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Causas das Interrupções Recorrentes

Segundo Eduardo Freire, estrategista de inovação e CEO da FWK Innovation Design, a principal razão para as instabilidades é a concentração de infraestrutura em poucos provedores. “Poucos provedores dominam o mercado de CDN, DNS, WAF e roteamento global.

Uma simples mudança interna em um desses gigantes pode propagar falhas de forma ampla,” explica.

Freire também destaca a complexidade operacional, mencionando que ambientes distribuídos e a automação de mudanças aumentam o risco de configurações incorretas que podem desencadear falhas em cascata. Ele ressalta que a leitura estratégica não se trata de uma falha isolada, mas sim do risco inerente à monocultura em um ponto de convergência crucial da cadeia digital.