Cláudio Castro propõe veto a PL com bonificação por crimes dos Órgãos de Segurança
Projeto de Lei propõe bonificação de até 150% nos vencimentos de policiais em casos de morte de traficante ou prisões relevantes.

Governo do Rio Avalia Veto a Bonificação Salarial da Polícia Civil
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, está considerando vetar uma emenda ao projeto de reestruturação da Polícia Civil, conhecida como “gratificação faroeste”. A medida, aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), propõe uma bonificação salarial para agentes de segurança. O governador demonstra maior inclinação para o veto neste momento.
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A chamada “gratificação faroeste” consiste em uma bonificação nos vencimentos dos policiais (inicialmente civis, mas que poderia ser estendida aos militares) de até 150%. Este valor seria concedido caso o agente de segurança consiga neutralizar – isto é, matar – um traficante perigoso ou realizar prisões e apreensões consideradas relevantes.
Análise do Veto: Impacto Fiscal e Ético
A análise de Cláudio Castro para o veto se baseia em duas áreas principais: Impacto Fiscal e Önus Público e Ético. A bonificação representaria um impacto muito grande nas contas do estado. O Rio de Janeiro está em Regime de Recuperação Fiscal desde 2017 e enfrenta um orçamento deficitário para 2025 de mais de R$ 14 bilhões, além de uma dívida de cerca de R$ 200 bilhões com o Governo Federal.
Há o ônus do ponto de vista público de uma medida que prevê dar mais dinheiro para quem mata criminosos.
Cenário Político e Eleitoral
A decisão está sendo “bem e refinada” pelo governador, que se prepara para as eleições de 2026 – pretendendo se descompatibilizar do cargo até abril do próximo ano para concorrer ao Senado Federal ou, como alternativa, a Deputado Federal.
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A “bancada da bala” da Alerj está atenta à situação, pois um eventual veto pode gerar movimentações e pressões políticas no estado. O cenário é agravado pelo fato de o governador Cláudio Castro e o presidente do parlamento, Rodrigo Bacellar (União Brasil), não estarem “falando a mesma língua”.
Com informações de Rodrigo Viga