Cláudio Castro enfrenta críticas por alta de mortes em operações policiais no Rio de Janeiro. Dados oficiais apontam 119 mortes em operação em Penha e Alemão em 2025. Análise do Geni aponta altos números de vítimas em operações letais
Em 28 de outubro de 2025, polícias Civil e Militar do Estado do Rio de Janeiro realizaram operações nos complexos da Penha e do Alemão. Segundo dados oficiais, o número de mortes confirmadas foi de 119. A análise de operações letais, considerando três ou mais mortes de civis, é realizada pelo , que contabiliza desde agosto de 2016, o início da atuação do Fogo Cruzado.
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Nos 110 meses que antecederam a posse de Cláudio Castro, foram registradas 200 chacinas, resultando em 765 vítimas. As médias apontam para 3,8 mortos por chacina, 1,8 chacinas por mês e 7 mortes mensais em operações violentas. Durante o governo de Castro, foram 753 vítimas em 150 chacinas, com médias de 5 mortes por chacina, 2,8 chacinas por mês e 13,9 civis mortos em operações policiais – mais que o dobro do período anterior.
Em dois meses, não houve chacinas desde a sua gestão: abril de 2022 e março de 2023. O governo anterior, de , foi o mais letal do período analisado, com 120 chacinas e 457 vítimas em 28 meses, apresentando médias de 4,7 mortos por chacina, 4,3 chacinas por mês e 16,3 mortes por mês.
O primeiro mandato de Castro, após o impeachment de Witzel, também foi proporcionalmente mais letal, com 297 vítimas em 63 chacinas em 21 meses, e médias de 4,7 mortos por chacina, 3 chacinas por mês e 14,1 mortos por mês.
Até o momento, o atual governo de Cláudio Castro possui 87 chacinas com 456 vítimas em 34 meses, com médias de 5,2 mortos por chacina, 2,6 chacinas por mês e 13,4 mortes por mês. As 5 operações mais letais, segundo o Geni, são: 2025, Penha e Alemão – 119 mortes; 2024, Jacarezinho – 28; 2022, Vila Cruzeiro – 23; 2007, Alemão – 19; 2022, Alemão – 17.
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Dos cinco meses com maior número de civis mortos em operações policiais, três foram durante a gestão do atual governador: outubro de 2025 – 149; outubro de 2020 – 43; fevereiro de 2019 – 36; maio de 2021 – 36; julho de 2022 – 34. Ao considerar a proporção de vítimas por chacina, os cinco meses mais críticos foram durante a gestão de Cláudio Castro: outubro de 2025 – 25 mortos por chacina; agosto de 2023 – 10; maio de 2021 – 9; maio de 2022 – 8; novembro de 2021 – 7.
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