Governo do Rio classifica Comando Vermelho como terrorista; proposta gera debate e aponta para atuação internacional. Operação Contenção prende 113 suspeitos.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), defendeu neste domingo (2.nov.2025) a classificação do Comando Vermelho (CV) como grupo terrorista. A proposta surge em um contexto de crescente preocupação com a atuação do grupo criminoso e busca ampliar o debate sobre a segurança pública no estado.
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Castro argumentou que a situação vai além das fronteiras do Rio de Janeiro, citando a Argentina e o Paraguai como exemplos de países que já adotaram medidas contra o CV. O político enfatizou a necessidade de uma resposta internacional para combater a organização criminosa.
O movimento pela nova definição ganhou força após a megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão, realizada na terça-feira (28.out). A ação policial resultou na prisão de diversas pessoas e na morte de outros.
Na Câmara dos Deputados, desde março, tramita um Projeto de Lei (PL) que propõe alterar a Lei de Antiterrorismo e incluir facções como o CV e o Primeiro Comando da Capital (PCC) na lista de grupos terroristas. O debate sobre a proposta tem gerado discussões acaloradas entre parlamentares.
Após a megaoperação, a pauta entrou no debate público. O líder do PT na Câmara, (RJ), em uma declaração, afirmou que “tornar traficante em terrorista é para intervenção externa“. O deputado federal argumentou que a medida seria positiva para o combate ao crime organizado.
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Uma pesquisa da Genial/Quaest publicada neste domingo revelou um aumento na aprovação do governador Cláudio Castro após a megaoperação. Sua aprovação subiu de 43% em agosto para 53% no final de outubro, período imediatamente após a ação policial.
A megaoperação Contenção, realizada pela Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro, resultou na prisão de 113 pessoas. Dados preliminares indicam que cerca de 40% dos presos não são do Rio de Janeiro, com suspeitos de 8 Estados fora do Rio de Janeiro, incluindo Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo.
O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, detalhou que entre os mortos na operação estavam chefes do tráfico de diferentes Estados. O número de mortos na operação foi de 117, com 39 sendo de outros Estados.
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