Nos anos 80, carros eram símbolos de status e liberdade. Colecionadores investem em clássicos, impulsionados por memórias afetivas e valorização crescente. Especialista Fábio Pagotto destaca modelos como Volkswagen “Quadrado” e Chevette, alertando sobre a necessidade de pesquisa e conservação
Nos anos 1980, o carro era mais do que um meio de transporte: era um símbolo de status, liberdade e conquista. Hoje, enquanto os veículos novos se desvalorizam rapidamente, os clássicos dessa época estão seguindo o caminho oposto: valorizam e conquistam cada vez mais espaço na garagem de colecionadores e apaixonados.
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Essa valorização tem uma explicação que vai além da mecânica.
“O principal motivo para se comprar um é a memória afetiva”, explica Fábio Pagotto, engenheiro e especialista em veículos clássicos. “Aquele carro que marcou sua infância, o modelo que o seu avô dirigia, o carro que o vizinho tinha e você sonhava em ter.
São lembranças boas que voltam à tona, e é isso que move o colecionador”, afirma.
Enquanto os carros novos perdem valor assim que saem da concessionária, os antigos ganham prestígio e passam a valer mais a cada ano, desde que bem conservados. Segundo Pagotto, veículos com mais de 30 anos entram automaticamente na e se tornam passíveis de valorização.
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Para quem quer investir ou apenas reviver o passado, Pagotto lista os modelos que continuam sendo boas opções de compra e uso:
Se os nacionais já conquistam o coração dos brasileiros, os importados dos anos 80 são objetos de desejo. No entanto, exigem atenção redobrada. “Os americanos são os mais tranquilos de manter, porque há muita oferta de peças e mão de obra.
Já os europeus e japoneses são um pouco mais complicados, mas nada impossível”, explica Pagotto.
Ele recomenda que o interessado participe de grupos e fóruns especializados, pois cada modelo tem suas particularidades e conhecer a comunidade certa pode fazer toda a diferença na hora da compra e da manutenção.
Antes de tudo, se informe”, aconselha Pagotto. “Entre em grupos, converse com quem já tem o carro que você quer. Cada modelo tem um ponto mais fraco, pode ser uma área que enferruja mais, uma caixa de direção que dá problema, ou uma peça elétrica difícil de achar.”
Entre as principais recomendações do especialista:
Para quem pensa que os clássicos rivalizam tecnicamente com os carros de hoje, Pagotto faz uma distinção clara. “Os são muito mais eficientes do ponto de vista energético. Um motor 1.0 hoje entrega a potência que um 2.0 tinha nos anos 80. Há também avanços enormes em segurança: airbags, ABS, controle de estabilidade, cintos pré-tensionados, barras laterais de proteção… tudo isso salvou muitas vidas”, destca
Ainda assim, ele ressalta que há algo que os novos não oferecem: alma. “O carro antigo tem personalidade, tem história. Ele exige atenção, responde diferente, tem cheiro, textura, som. Ele te envolve. É uma relação emocional, não só funcional”, define o especialista.
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