Uma pesquisa do instituto Nexus, após a implementação da tarifa de Donald Trump, indica que a maioria dos brasileiros avalia os Estados Unidos como um país mais autoritário do que a China, representando uma mudança na percepção sobre as duas potências globais. 50% dos entrevistados classificaram o regime estadunidense como o mais autoritário, e 38% consideraram a China. 12% não souberam responder.

Ao serem questionados sobre a democracia, 60% dos entrevistados preferiram considerar os EUA como mais democráticos que a China. Destes, 25% avaliaram os chineses como mais democráticos, enquanto 15% não souberam ou não responderam à pergunta.

A percepção de autoritarismo nos EUA é mais notável em grupos específicos: 54% no Sudeste, 53% entre indivíduos com renda de um salário mínimo e 52% com ensino médio. Já aqueles que consideram a China mais autoritária em relação aos EUA são majoritariamente aqueles com renda superior a cinco salários mínimos (46%), com ensino superior (44%), homens (42%), entre 41 e 59 anos (42%) e nas regiões Norte e Centro-Oeste (40%).

A avaliação positiva da democracia nos Estados Unidos é maior entre indivíduos com ensino superior (68%), residentes no Sudeste (64%) e com renda acima de cinco salários mínimos (64%). Já os chineses apresentam maior popularidade no Norte e Centro-Oeste, e entre a faixa etária de 16 a 24 anos, onde 31% e 30% dos entrevistados, respectivamente, consideram o país asiático mais democrático que os Estados Unidos.

Influência global

A pesquisa também indagou os entrevistados sobre o cenário de influência global das duas potências. Sessenta por cento dos brasileiros estimaram que os Estados Unidos são mais influentes nas relações políticas globais, ao passo que dez por cento consideraram que são os chineses. Onze por cento não souberam ou não responderam.

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A percepção de que os americanos são mais influentes é mais forte entre os homens (EUA: 73% x China: 20%), com ensino superior (EUA: 77% x China: 17%), que possuem renda superior a cinco salários mínimos (EUA: 76% x China: 19%). A maioria se encontra na região Sudeste (EUA: 76% x China: 19%).

Meio ambiente: um resultado catastrófico

Os entrevistados consideraram que ambas as nações causam danos significativos ao meio ambiente, resultando em um empate. Quarenta e dois por cento dos brasileiros avaliaram os Estados Unidos como os mais nocivos, e outra parcela de 42% consideraram a China da mesma forma. Dezesseis por cento não souberam ou não responderam.

A pesquisa indica que os Estados Unidos apresentam maior probabilidade de causar danos ambientais, considerando a percepção dos moradores da região Nordeste (46% contra 39% da China), em relação a indivíduos com ensino superior (46% contra 44%), acima de 60 anos (43% contra 35%), com renda até o salário mínimo (42% contra 38%) e não economicamente ativos (42% contra 38%).

Aqueles que consideram a China como o país com o pior impacto ambiental são, principalmente, a população das regiões Norte e Centro-Oeste (China – 48% x EUA – 33%), com idade entre 25 e 40 anos (48% x 38%), com ensino médio (47% x 41%), renda de um a dois salários mínimos (46% x 39%) e economicamente ativa (45% x 42%).

A pesquisa consultou 2.005 adultos com mais de 16 anos, residentes em todos os 27 estados do Brasil, nos dias 15 a 19 de agosto, apresentando uma margem de erro de 2% e um nível de confiança de 95%.

Fonte por: Brasil de Fato