Chip na mão: países testam tecnologia e debate sobre privacidade no trabalho
Brasil e Portugal testam chips na mão: tecnologia inovadora gera polêmica sobre privacidade e uso profissional.

O Chip na Mão: Uma Tecnologia Emergente com Desafios
O chip na mão, um microdispositivo do tamanho de um grão de arroz que fica sob a pele entre o polegar e o indicador, tem ganhado atenção global. Essa tecnologia, que utiliza a mesma tecnologia de cartões sem contato (NFC e RFID) e não possui GPS nem bateria, funciona por aproximação, em distâncias de poucos centímetros. O objetivo é substituir chaves, crachás e até bilhetes de transporte, permitindo que o usuário abra portas, registre presença em ambientes de trabalho ou compartilhe dados de contato com um simples gesto. Apesar do apelo futurista, o uso permanece restrito e voluntário.
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A Experiência Sueca e Outros Testes
O país mais citado quando se fala em chip na mão, sem dúvida, é a Suécia. Desde 2015, milhares de suecos aderiram à novidade, usando o dispositivo para substituir cartões de acesso e até bilhetes de trem. Nos Estados Unidos, empresas privadas também testaram a tecnologia. Um caso famoso ocorreu em 2017, quando funcionários de uma companhia em Wisconsin puderam implantar o chip para acessar escritórios. Além disso, era possível comprar lanches em máquinas automáticas. No Reino Unido, clínicas especializadas oferecem implantes sob demanda, e alguns setores corporativos demonstraram interesse.
Aplicações Atuais e Desafios Éticos
Atualmente, as aplicações são simples e limitadas: acesso a prédios, academias e escritórios, substituição de crachás e cartões de sócio, tickets digitais (como no caso sueco) e cartões de visita virtuais, via aproximação. A empresa estatal SJ chegou a aceitar o chip como “ticket digital” em um projeto experimental, que ganhou repercussão mundial. No entanto, o principal desafio é a questão ética e legal. Nos EUA, ao menos 13 estados já aprovaram leis que proíbem empregadores de obrigar funcionários a usar o chip. A principal barreira para a popularização é a preocupação com a privacidade e o risco de coerção no ambiente de trabalho.
O Futuro do Chip na Mão
Embora desperte curiosidade e manchetes chamativas, o chip na mão ainda está longe de se tornar comum. O fenômeno sueco mostra que o interesse pode crescer rapidamente. No entanto, também pode estagnar diante de preocupações de privacidade e falta de utilidades práticas mais amplas. A tecnologia ainda não substitui documentos oficiais e nem permite pagamentos bancários de forma direta. Apesar dos desafios, o chip na mão representa um avanço tecnológico com potencial para transformar a forma como interagimos com o mundo, mas a sua adoção depende da superação de obstáculos éticos e de regulamentação.
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