China retorna espaçonave Shenzhou-20 para análise após rachadura na janela da cápsula de retorno. Missão interrompida na Tiangong
A primeira espaçonave tripulada da China, Shenzhou-20, será enviada de volta à Terra para permitir uma avaliação aprofundada dos danos sofridos durante a missão. A decisão foi anunciada pela emissora estatal CCTV nesta segunda-feira (1). A missão, que deveria trazer a tripulação de volta após seis meses na estação espacial permanentemente habitada de Pequim, a Tiangong, foi interrompida devido a uma rachadura encontrada na janela da cápsula de retorno pouco antes da decolagem.
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O atraso na missão de retorno, o primeiro de seu tipo no programa espacial tripulado chinês, deixou temporariamente os três astronautas restantes na Tiangong sem uma espaçonave adequada para o voo. A Agência Espacial Tripulada da China rapidamente mobilizou recursos, executando uma missão de lançamento de emergência em 25 de novembro, apenas 20 dias após o anúncio inicial do atraso.
A condição da Shenzhou-20, que permanece acoplada à estação espacial, era desconhecida até o relatório televisionado pela CCTV. Ji Qiming, porta-voz da agência, informou que a espaçonave retornará à Terra sem tripulação, com o objetivo de coletar dados experimentais detalhados. A equipe buscará informações mais precisas sobre a origem e a extensão dos danos.
Jia Shijin, um dos projetistas da Shenzhou-20, detalhou à CCTV que a pequena rachadura, causada por um fragmento de detrito espacial de menos de 1 milímetro, mas viajando em alta velocidade, se estendeu por mais de um centímetro. A decisão de adiar o retorno da missão foi baseada em um cenário de risco, onde a rachadura poderia se propagar, levando à despressurização da cabine e à entrada de gases em alta velocidade, com potencial para sobrecarregar os sistemas de suporte à vida e colocar em risco a tripulação.
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