O Ministério da Segurança Pública da China anunciou, em 18 de novembro, um plano para equipar todos os policiais em serviço com mais de 1,3 milhão de câmeras corporais. Essa iniciativa visa documentar integralmente cada operação policial, desde o primeiro contato até a conclusão.

A medida faz parte de um esforço mais amplo para padronizar a aplicação da lei em todo o país, abrangendo níveis municipais, provinciais e nacionais.

Comparativo com a Situação no Brasil

Em contraste, um levantamento nacional do Ministério da Justiça, divulgado em 2023, indicou que mais de X câmeras corporais estavam em uso no Brasil. Um estudo da PUC-RS, publicado este ano, revelou um número ainda menor: apenas 28.868 câmeras estavam em operação.

A Polícia Militar, Civil e Penal, que somam 595.452 profissionais no Brasil, são os únicos que utilizam câmeras corporais de forma sistemática, representando apenas 4,85% dos agentes brasileiros.

Resultados e Expectativas na China

A administração chinesa considera o uso de câmeras corporais um sucesso na redução da criminalidade. Segundo dados, em janeiro deste ano, havia aproximadamente 1,92 milhão de integrantes da Polícia do Povo no país. Estimativas sugerem que, com o novo equipamento, a cobertura das câmeras atinge, no mínimo, 67,6% dos policiais.

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Atualmente, existem 3.266 centros de gerenciamento de casos de aplicação da lei na China, com cobertura total nos níveis municipal e distrital.

Objetivos e Funcionamento do Sistema

O governo chinês relata que a implementação das câmeras corporais resultou na eliminação de incidentes graves de segurança na aplicação da lei em várias localidades. Além disso, a eficiência no tratamento de casos em regiões como Jiangsu e Chongqing aumentou mais de 30%.

O sistema visa que os policiais “se acostumem a fazer cumprir a lei sob a câmera”, transformando o que antes poderia ser um problema de “pós-retificação” em uma questão de prevenção.