China lança pacote de políticas para impulsionar corredor de comércio com Asean e Ásia Central. Iniciiativa terá 74 cidades e foco no yuan e inovação financeira
A China anunciou um amplo pacote de políticas financeiras com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento do Novo Corredor Internacional de Comércio Terrestre-Marítimo. A iniciativa, que visa conectar o interior do oeste do país aos mercados globais, será coordenada por 21 medidas, divulgadas na quarta-feira, 24 de dezembro de 2025, por meio de diretrizes de diversas agências governamentais.
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O foco principal é aprimorar os serviços de financiamento e liquidação ao longo da rota.
As diretrizes se concentram em duas funções financeiras cruciais: financiamento de infraestrutura e facilitação da liquidação transfronteiriça. A China busca aprofundar a integração econômica com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e a Ásia Central, otimizando os fluxos de capital e a eficiência das liquidações.
Um fundo específico em Chongqing será mobilizado para apoiar o corredor, que abrange 18 regiões de nível provincial e utiliza Chongqing como seu centro operacional.
Para atender às necessidades de infraestrutura, os reguladores incentivam o uso de instrumentos financeiros como Reits (fundos de investimento imobiliário) e títulos de crédito corporativos. Uma inovação notável é a transformação da documentação logística em instrumentos de financiamento, com programas-piloto para digitalizar documentos de transporte ferroviário e atribuir-lhes atributos legais semelhantes a direitos de propriedade, permitindo um sistema de “nota fiscal única” para o transporte multimodal.
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A política também busca atrair capital de instituições internacionais, incluindo o Banco Asiático de Desenvolvimento e o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura.
As diretrizes visam reduzir os atritos no comércio transfronteiriço, instruindo bancos a fornecerem canais mais transparentes para a liquidação de pagamentos. A política simplifica o registro de câmbio para projetos de capital e flexibiliza as restrições aos custos iniciais para investimentos diretos no exterior.
A China também defende a expansão do uso transfronteiriço da moeda chinesa, com cooperação cambial bilateral mais estreita com países do Sudeste e da Ásia Central, incentivando o uso do yuan em liquidações de comércio e investimento, especialmente em commodities a granel.
A exploração da tecnologia financeira, incluindo o yuan digital (e-CNY), com contratos inteligentes para pagamentos e financiamento, também é um componente chave.
Para garantir a implementação eficaz, as instituições financeiras devem estabelecer mecanismos de serviço dedicados. Os bancos serão incentivados a ajustar seus incentivos internos para favorecer projetos relacionados ao corredor, promovendo a integração de crédito entre províncias, que se expandiu de 14 para 74 cidades até 2024.
Esta reportagem foi originalmente em inglês pela Caixin Global em 24 de dezembro de 2025. Foi traduzida e republicada pelo Poder360 sob acordo mútuo de compartilhamento de conteúdo.
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