China critica aumento de tarifas no México e ameaça retaliações. Governo chinês se opõe a medida tarifária e pede revisão do USMCA com EUA.
O governo chinês manifestou nesta quinta-feira, 11 de dezembro de 2025, sua insatisfação com a aprovação do Senado mexicano de uma barreira tarifária que pode elevar em 50% as taxas para produtos chineses. A medida, que conta com o apoio do partido Morena, de esquerda, no México, intensifica as tensões comerciais entre os dois países.
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Um porta-voz do governo chinês declarou que o país se opõe firmemente a medidas tarifárias unilaterais e alertou para possíveis retaliações. A China teme que o México imponha barreiras comerciais contra o país em resposta à medida mexicana.
O debate sobre a barreira tarifária no México já se iniciara em setembro. A proposta não se destina exclusivamente à China e impacta também países que não possuem acordos bilaterais com o México, embora a China seja o mais afetado pela proposta.
Paralelamente, o governo chinês iniciou uma investigação sobre barreiras comerciais e de investimento contra o México, no mesmo mês em que o projeto começou a ser discutido no Senado mexicano. A investigação ainda não foi concluída.
O porta-voz chinês afirmou que a medida aprovada pelo Senado mexicano é menos restritiva do que as discussões iniciais. Houve reduções nas tarifas de importação de veículos e produtos industriais. Apesar da flexibilização, a China permanece insatisfeita.
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“A China se opõe consistentemente a qualquer aumento unilateral de tarifas e espera que o México corrija suas práticas de unilateralismo e protecionismo o mais breve possível”, declarou o porta-voz.
A China também atribui a iniciativa mexicana à influência dos Estados Unidos. Segundo o porta-voz, o México busca pressionar a China em negociações relacionadas ao USMCA (Acordo Estados Unidos-México-Canadá), que será revisado em julho de 2026. “A China salienta a importância de resolver divergências comerciais por meio de acordos, mas espera que nenhum acordo seja condicionado a prejudicar o comércio global ou os interesses da China”, afirmou.
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