Crescimento Industrial e Varejista na China desaceleram
A produção industrial e as vendas no varejo da China apresentaram um crescimento mais lento em outubro, marcando o ritmo mais fraco em mais de um ano. Essa desaceleração intensifica a pressão para que o governo reavalie a estratégia econômica, que historicamente dependeu de exportações de valor estimado em US$ 19 trilhões, diante das incertezas geradas pela disputa comercial com os Estados Unidos e pela demanda interna mais modesta.
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Dados divulgados pelo National Bureau of Statistics (NBS) nesta sexta-feira (14) indicaram um aumento de 4,9% na produção industrial em relação ao ano anterior, o menor ritmo anual desde agosto de 2024. Esse resultado ficou abaixo da expectativa de 5,5% apontada em uma pesquisa da Reuters.
A contração em relação ao mês anterior, setembro, também foi notável.
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As vendas no varejo, um indicador chave do consumo, também registraram um crescimento de 2,9% em outubro, o menor aumento desde agosto de 2024. Esse desempenho inferior à expectativa de 2,8% reforça a preocupação com a demanda interna.
Por décadas, o governo chinês utilizou a capacidade industrial massiva do país e investimentos em infraestrutura para impulsionar as exportações, especialmente em resposta a períodos de menor atividade no consumo doméstico. No entanto, as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, evidenciam a vulnerabilidade da economia chinesa à dependência do mercado americano.
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Mesmo com a expansão de parques industriais e projetos de infraestrutura, o crescimento tem se mostrado limitado.
Os indicadores recentes sugerem poucas perspectivas de uma recuperação rápida. A persistência de dados de desempenho abaixo do esperado aumenta a urgência na necessidade de reformas estruturais na economia chinesa.
