A região sul da China se destaca como o centro global da maior reserva conhecida de terras raras. Esses minerais são cruciais para diversas tecnologias, abrangendo desde sistemas de defesa, como mísseis e motores de aeronaves, até dispositivos de consumo, como smartphones.
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A operação que envolve a extração e o processamento desses recursos é conduzida sob uma forte vigilância estatal, caracterizada por pouca transparência.
Expansão da Operação
Entre 2010 e 2024, a China expandiu significativamente suas instalações de processamento de terras raras, passando de 117 para 3.085 pontos mapeados. Essa expansão demonstra o foco estratégico do país na consolidação de sua posição no fornecimento global de matérias-primas consideradas críticas.
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Desafios e Estratégias de Diversificação
Em meio a uma trégua na disputa comercial com os Estados Unidos, a China relaxou algumas restrições sobre as exportações de terras raras. No entanto, a dependência do país nesse setor persiste. Washington tem buscado diversificar suas cadeias de suprimentos, reconhecendo que a transição exigirá um investimento substancial e tempo.
Iniciativas da União Europeia
A União Europeia anunciou um pacote de 3 bilhões de euros para impulsionar projetos de mineração e reciclagem de terras raras, além de propor a criação de um centro europeu de suprimentos. Essa iniciativa visa fortalecer a autonomia da região nesse setor estratégico.
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Distribuição Geográfica e Processos Geológicos
A China concentra suas operações de terras raras em duas regiões principais. Em Bayan Obo, na Mongólia Interior, são extraídas terras raras leves, utilizadas em ímãs e eletrônicos. Já em Ganzhou, no sul, o foco está nas terras raras pesadas, como disprósio, ítrio e térbio, empregadas em sistemas de defesa, lasers e motores resistentes a altas temperaturas.
Regulamentação e Impacto Ambiental
As terras raras pesadas são o resultado de processos geológicos que ocorrem ao longo de milhões de anos. A topografia e o clima da província de Jiangxi favorecem a concentração desses elementos. No entanto, métodos de extração predatórios, como a “mova montanhas”, foram oficialmente condenados.
Atualmente, placas de advertência e recompensas incentivam a denúncia de mineração ilegal. O setor é agora controlado por dois conglomerados estatais.