China absorve aumento de 21% nas importações brasileiras após tarifaço de Trump

China impulsiona comércio com Brasil após aumento de 21% nas importações e quase dobra compras de carne bovina.

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(Imagem de reprodução da internet).

Exportações Brasileiras para os EUA Caem Após Tarifas de Trump

As exportações do Brasil para os Estados Unidos sofreram uma queda significativa nos dois primeiros meses após a implementação de tarifas de 50% sobre a importação de diversos produtos brasileiros. A sobretaxa entrou em vigor em 6 de agosto de 2025.

Dados de Exportação

No período de agosto e setembro de 2025, o Brasil exportou US$ 6,6 bilhões ao mercado americano, em comparação com os US$ 5,4 bilhões registrados nos mesmos meses de 2024 – um reflexo direto do impacto das tarifas.

Produtos Mais Afetados

Entre os produtos brasileiros mais impactados, observou-se:

Queda no Minério de Ferro

Outros produtos não sujeitos à sobretaxa também apresentaram quedas expressivas, devido a fatores de mercado e demanda. O minério de ferro registrou uma redução de 99% nas vendas aos Estados Unidos.

China Absorve Parte das Vendas

A China absorveu parte das vendas que haviam sido direcionadas aos Estados Unidos. As exportações para a China registraram um aumento de 21% na soma de agosto e setembro, atingindo US$ 17,8 bilhões em vendas aos chineses em 2025, em comparação com US$ 14,7 bilhões no mesmo período de 2024.

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Aumento nas Vendas para Pequim

No caso da carne bovina, um dos produtos mais afetados, as vendas a Pequim quase dobraram, passando de US$ 1,06 bilhão em 2024 para US$ 1,94 bilhão em 2025 nesse período. A venda de café não torrado para a China teve um salto de 163%, chegando a US$ 45 milhões no período. As vendas de carne bovina para o México também aumentaram significativamente, em 250% nos dois meses.

Diversificação de Mercados

Diante do impacto das tarifas americanas, o Brasil intensificou seus esforços para diversificar os destinos de suas exportações. O setor privado e o governo federal reconheceram a importância dessa estratégia, que já era planejada antes da imposição das tarifas.

A intenção não é substituir totalmente o mercado americano, considerado muito complexo e grande, mas sim minimizar os impactos da tarifa. Mercados alternativos, como China, México e países árabes e do Sudeste Asiático, haviam sido mapeados previamente, facilitando o trabalho do governo.

O Ministério da Agricultura e Pecuária tem priorizado a diversificação desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde 2023, mais de 400 novos mercados foram abertos.

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