Chile decide: Jeannette Jara e José Antonio Kast disputam a presidência em segundo turno. Voto se torna obrigatório! Eleições em 14/10.
Os cidadãos chilenos participarão de eleições presidenciais no domingo, 14 de outubro, para determinar o próximo líder do país entre 2026 e 2030. Mais de 15,7 milhões de pessoas estão habilitadas a votar neste processo eleitoral. O segundo turno entre Jeannette Jara, representante da coalizão governista, e José Antonio Kast, do Partido Republicano, tem gerado grande expectativa.
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No primeiro turno, José Antonio Kast obteve uma vantagem de aproximadamente três pontos percentuais em relação a Jeannette Jara, um resultado superior ao esperado. No entanto, pesquisas recentes indicam uma ampliação da vantagem de Kast.
As principais preocupações dos eleitores chilenos estão relacionadas à criminalidade e à imigração, em vez de demandas por maior igualdade social. Essa realidade complexa impacta o cenário político do país.
A ausência de uma força política com maioria absoluta na Câmara dos Deputados e no Senado exigirá negociações parlamentares intensas após a eleição. Essa situação pode influenciar a governabilidade do próximo presidente.
A votação no segundo turno no Chile ocorrerá entre as 8h e as 18h, tanto no horário de Santiago quanto no de Brasília. Após o término da votação, as autoridades eleitorais divulgarão boletins parciais e o boletim final com o resultado oficial.
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Esta eleição presidencial marca a primeira vez que o voto se torna obrigatório no Chile desde 2012. Essa medida visa aumentar a participação popular no processo democrático.
Jeannette Jara, de 51 anos, é uma figura da coalizão governista. Ela cresceu em um bairro operário de Santiago e possui uma trajetória que inclui o subsecretariado de Seguridade Social durante o governo de Michelle Bachelet e o cargo de Ministra do Trabalho e Previdência Social na Presidência de Gabriel Boric.
Durante sua campanha, ela tem defendido o combate ao crime organizado e ao narcotráfico, sem recorrer à militarização.
José Antonio Kast, de 59 anos, já concorreu duas vezes à Presidência do Chile. Ele é descendente de imigrantes alemães que chegaram ao país na década de 1950 e foi deputado entre 2002 e 2018. Para esta campanha, ele moderou seu discurso, evitando temas polêmicos como o apoio anterior à ditadura de Augusto Pinochet, e se concentrou em temas de lei e ordem.
Sua plataforma política, que inclui medidas sobre imigração mais rigorosas e propostas como a construção de uma vala para conter a entrada ilegal, tem sido comparada à de figuras como Donald Trump e Jair Bolsonaro (PL). Seu estilo de comunicação direto e conservadorismo ferrenho têm reforçado sua popularidade entre os eleitores de direita do Chile.
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