Tensão Diplomática Recorre Após Comentários do Chanceler Alemão
O chanceler alemão, em declaração feita em Berlim, buscou minimizar a crise diplomática que se instaurou entre seu governo e o Brasil. A fala ocorreu após uma reunião com o primeiro-ministro sueco. Merz argumentou que o presidente Luiz Inácio da Silva reconheceria a beleza da Alemanha como um dos países mais bonitos do mundo.
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A controvérsia começou na semana anterior, durante um discurso do líder alemão no Congresso Alemão do Comércio. Ao mencionar sua passagem por Belém, palco da Cúpula de Líderes — evento preparatório para a — , Merz relatou que sua equipe sentiu alívio ao retornar à Europa.
Ele questionou os jornalistas presentes se algum deles desejava permanecer na cidade brasileira, afirmando que ninguém se manifestou e que todos estavam satisfeitos em deixar “aquele lugar”. A reação negativa gerou críticas.
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Diante da repercussão, o governo alemão negou formalmente qualquer pedido de desculpas. Stefan Kornelius, porta-voz e secretário de Comunicação, classificou as interpretações das falas como distorcidas, assegurando que não houve intenção de depreciar o Brasil.
A justificativa oficial indicou que os comentários refletiam o cansaço da comitiva após uma agenda intensa e longos voos, e não um julgamento sobre a cidade-sede da cúpula climática. Merz reforçou essa posição, mencionando que enviou cumprimentos a Lula por meio de intermediários e que espera um encontro tranquilo com o mandatário brasileiro na África do Sul.
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Reação do Presidente Lula
O presidente Lula rebateu as críticas, sugerindo que a experiência do chanceler foi incompleta. Segundo o petista, se Merz tivesse vivenciado a cultura local — frequentando bares, dançando e provando a culinária típica, como a maniçoba — teria percebido que a capital alemã não oferece a mesma qualidade encontrada no .
Lula destacou ainda que a realização da cúpula na colocou o estado em evidência global. A declaração do alemão também provocou repúdio entre autoridades locais.
Repercussão Local
O governador do Pará, , ironizou o fato de representantes de nações que contribuíram para o aquecimento global questionarem o calor amazônico. Já o prefeito de Belém, Igor Normando, classificou a postura como arrogante e preconceituosa.
