José Hiran Gallo, presidente do conselho, defende que procedimento é “ato médico”, com profissionais suficientes para atender políticas de saúde.
Em declaração direcionada a “médicos e à população”, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, manifestou concordância com os votos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que se opõem à liminar proposta pelo ministro Luís Roberto Barroso, que permitiria a atuação de enfermeiros em procedimentos de aborto legal. A realização de abortos no Brasil é regulamentada em casos de estupro, risco à saúde da gestante e na ocorrência de fetos anencéfalos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A divergência no julgamento surgiu com o voto do ministro Gilmar Mendes, que foi acompanhado por Cristiano Zanin, Flávio Dino, Nunes Marques, André Mendonça, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Essa configuração de votos representa a maioria no STF em relação à questão.
Na nota, José Gallo expressou a expectativa de que, no julgamento do mérito, os ministros mantenham sua posição. Ele argumenta que a quantidade de médicos disponíveis é suficiente para atender às políticas públicas de saúde estabelecidas pelo Estado. O presidente do CFM ressalta que os médicos são os profissionais mais preparados para o diagnóstico e prognóstico de doenças, além de atuarem em situações adversas.
José Gallo defende que a autorização de profissionais de outras categorias para atuarem em procedimentos de aborto legal pode gerar “situações imprevisíveis, com desfechos indesejados, por conta da ampliação dos riscos”. Ele enfatiza a importância de manter a atuação restrita aos médicos, considerando sua expertise na área.
A liminar expedida por Luís Roberto Barroso, na sexta-feira (17), defendia que enfermeiros não deveriam ser punidos em caso de atuação nos procedimentos de aborto legal. O ministro também determinou a suspensão de processos penais e administrativos contra enfermeiros e a proibição de obstáculos à realização do aborto legal. A decisão precisava ser referendada pelo plenário da Corte.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Com informações da Agência Brasil
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.