César Lattes: físico brasileiro que chegou perto do Prêmio Nobel
Físico César Lattes chegou mais perto, sendo nomeado sete vezes entre 1950 e 1956, mas a premiação nunca reconheceu um brasileiro.

Brasileiros Próximos do Nobel: Uma Longa Espera
Apesar de mais de um século de história, o Prêmio Nobel nunca concedeu um reconhecimento a um cidadão brasileiro em nenhuma das seis categorias do prêmio: Medicina, Física, Química, Literatura, Paz e, posteriormente, Economia. A busca por esse reconhecimento tem acompanhado a trajetória de diversos cientistas e pesquisadores brasileiros, que se destacaram em suas áreas de atuação.
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Indicações Notáveis e Oportunidades Perdidas
Vários nomes da ciência nacional foram indicados ao Prêmio Nobel, mas não receberam o prêmio. O físico Césio Lattes (1924-2005) é um exemplo notável, tendo sido indicado sete vezes entre 1950 e 1956. Lattes, chefe do grupo de pesquisa da Universidade de Bristol (Reino Unido), foi fundamental no estudo da subpartícula méson pi, mas a descoberta é atribuída a ele, apesar de integrar uma equipe de pesquisa. Outros cientistas, como o médico Manoel de Abreu (1891-1962), que desenvolveu a abreugrafia para o diagnóstico precoce da tuberculose, e o sanitarista Carlos Chagas (1879-1934), responsável pela descoberta do ciclo da Doença de Chagas, também receberam indicações.
Outros Cientistas e suas Contribuições
Além dos nomes já mencionados, outros cientistas brasileiros foram cotados para o prêmio, incluindo o físico Mario Schenberg (1914-1990), que trabalhou com grandes nomes internacionais como Enrico Fermi, e a agrônoma Johanna Dobereiner (1924-2000), que revolucionou a produção mundial de alimentos com suas pesquisas sobre o Programa Nacional do Álcool e o aumento da produção de soja. O químico Otto Gottlieb (1920-2011) foi indicado por seus estudos sobre a estrutura química das plantas, e o fundador do Instituto Butantan, Vital Brazil (1865-1950), responsável pela criação de soros contra venenos de animais, também foram cotados.
Reconhecimento e Persistência
O sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917), responsável pelas campanhas de erradicação da febre amarela, peste bubônica e varíola, e os médicos Maurício Silva e Sérgio Ferreira, que descobriram um composto vasodilatador no veneno da jararaca, também foram cotados, mas nunca indicados. A busca por um reconhecimento ao talento científico brasileiro continua, demonstrando a importância da pesquisa e inovação no país.
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