Robin Dunbar estimou que o cérebro humano suporta no máximo 150 relações sociais significativas. A teoria explica conexões em redes sociais e diferenças de gênero
O cérebro humano possui uma capacidade limitada para sustentar relações sociais estáveis, um conceito conhecido como “Número de Dunbar“. Essa ideia surgiu na década de 1990, com o antropólogo britânico Robin Dunbar, da Universidade de Oxford.
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Dunbar observou a relação entre o tamanho do neocórtex de primatas e o tamanho de seus grupos sociais. A partir dessa análise, ele estimou que os humanos conseguem gerenciar, no máximo, cerca de 150 relações sociais significativas. Essa estimativa parece persistir, mesmo em plataformas digitais como e .
A pesquisa original não utilizou dados diretamente de redes sociais, mas sim uma extrapolação estatística da hipótese do cérebro social. Ao comparar diferentes espécies de primatas, Dunbar identificou uma correlação entre o tamanho do neocórtex e o número de indivíduos com quem mantêm vínculos sociais estáveis.
A estimativa de 150 pessoas não se limita a uma lista de conhecidos ou seguidores. Refere-se a indivíduos com quem um indivíduo mantém interações regulares e um nível mínimo de vínculo real. Dunbar definiu esse grupo como aquele que envolve preocupação mútua e manutenção de contato ao longo do tempo, o que difere de listas infladas de “amigos” encontradas em redes sociais.
A teoria é frequentemente utilizada para explicar o fenômeno de usuários de redes sociais que exibem centenas ou milhares de conexões, mas interagem consistentemente com um número menor de pessoas. Apesar das plataformas digitais permitirem conexões rápidas e superficiais, elas não alteram a capacidade cognitiva fundamental para manter relações sociais profundas, conforme defendido por Dunbar.
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“As pessoas dizem ter centenas de amigos, mas a verdade é que seus círculos são parecidos com os dos outros”, afirmou Dunbar em entrevista ao jornal The Times.
Dunbar também observou diferenças comportamentais entre homens e mulheres em relação às relações sociais. Segundo ele, as mulheres são mais eficazes em manter amizades através de conversas, enquanto os homens precisam estar presentes fisicamente.
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