CEO Kurt Strovink e Carolyn Dewar da McKinsey analisam Fortune 500: disciplina e aprendizado impulsionam valor a longo prazo
O cargo de CEO tornou-se notavelmente complexo, influenciando diretamente o valor de mercado das empresas. Um estudo recente, conduzido pelos especialistas da McKinsey, Kurt Strovink e Carolyn Dewar, líderes da prática de CEO da consultoria, analisou os 200 maiores líderes do ranking Fortune 500 para identificar os fatores que distinguem um executivo comum de um CEO que gera valor a longo prazo.
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A pesquisa aponta que o diferencial não reside em habilidades excepcionais ou instinto natural, mas sim em comportamentos mensuráveis que profissionais de finanças podem implementar.
Um dos achados mais consistentes do estudo foi o “mindset de curiosidade e aprendizado contínuo”. CEOs de alta performance reconhecem suas limitações e utilizam essa consciência como um motor de desenvolvimento. Eles demonstram capacidade de aprendizado acelerado, adaptabilidade e a habilidade de identificar e neutralizar excessos, transformando vantagens competitivas em valor real para a organização.
Uma prática notável, exemplificada por Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, é a promoção de um ambiente de “desconforto produtivo”. A frase, enfatizada por Strovink, não implica em comportamento inadequado, mas sim em uma estratégia para garantir transparência radical.
Dimon acredita que grandes organizações tendem à complacência, e o papel do CEO é catalisar o desconforto para evitar que a empresa “descanse”. Identificar e expor problemas precocemente reduz os custos de correção, e empresas que promovem conversas difíceis ganham vantagem competitiva em períodos de pressão financeira e reorganização.
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O estudo também revela práticas que favorecem ciclos saudáveis de liderança. Brad Smith, ex-CEO da Intuit, discutiu sucessão com o conselho 44 vezes em 11 anos. O objetivo era mitigar riscos, desenvolver pipelines de talentos e garantir a adaptabilidade da organização.
Strovink destaca que CEOs de alta performance raramente apresentam um “segundo ano ruim”, indicando que disciplina, aprendizado e rituais internos são mais importantes do que o talento excepcional.
A análise da McKinsey deixa uma mensagem clara para profissionais de finanças corporativas: disciplina intelectual, capacidade de aprendizado rápido e domínio técnico são vantagens competitivas cruciais. Essas competências não são inatas, mas sim construídas através do desenvolvimento e da aplicação de práticas eficazes.
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