Motiva, Hidrovias do Brasil e Rumo intensificam ações de segurança para minimizar riscos em operações.
Empresas de infraestrutura estão implementando medidas de segurança em nível corporativo para combater o vandalismo e o roubo de cargas e equipamentos de seus ativos. A crescente violência tem levado CEOs de grandes companhias a atuarem diretamente para solucionar o problema.
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Décio Amaral, CEO da Hidrovias do Brasil, explicou a necessidade de contratar vigilância armada para evitar o roubo de cargas. Durante o evento “Infraestrutura em movimento: desafios para transformar o Brasil”, realizado pelo MoveInfra, ele afirmou que cada tripulação de barcaças da empresa conta com dois seguranças. “Temos casos de tentativa de roubo de combustível. O rio está se tornando rota de tráfico de drogas. Eu tenho que garantir que não haja droga no meu comboio”, declarou Décio Amaral.
No setor ferroviário, a violência e o vandalismo impactam de 3% a 5% dos trens de carga da Rumo. Pedro Palma, CEO da empresa, relatou que os registros de intercorrências se concentram na baixada santista, próximo à chegada do Porto de Santos. Durante o evento do MoveInfra, Pedro Palma informou que o tráfego dos trens é interrompido por diversos fatores de segurança, incluindo roubo de carga e furto de buzinas. Um roubo de buzina pode paralisar a operação ferroviária por até 6 horas, causando prejuízos significativos.
O problema também preocupa o CEO da Motiva, Miguel Setas. A empresa, responsável pela administração de metrôs, trens, VLT e rodovias, registrou 5 mil furtos de cabos de energia de 2022 a 2024, afetando cerca de 8 milhões de passageiros. Miguel Setas enfatizou que o problema é complexo e exige soluções que vão além da força policial.
Diante desse cenário, Miguel Setas propõe três pilares para minimizar os impactos da violência em empresas de infraestrutura. A Motiva criou uma diretoria de segurança corporativa e resiliência empresarial, além de investir em tecnologia, como sistemas de alerta e inteligência artificial, e em ações de combate à desigualdade social e à pobreza nas comunidades.
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