Lideranças de Centro Avaliam Necessidade de Moderação do Governo
Deputados de centro avaliam que o governo precisa moderar sua postura para avançar com outras pautas de interesse do Executivo no Congresso. A rejeição da medida provisória que taxava aplicações financeiras, em 8 de maio, foi vista como uma resposta aos ataques do PT e do governo, desde a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem.
Para integrantes do Centrão – composto por PP, União Brasil, Republicanos e PSD – a derrubada da MP foi um recado sobre a insatisfação com o governo, resultado do clima belicoso entre Câmara e Palácio do Planalto. O governo Lula ainda depende do Congresso para aprovações de projetos relevantes, como os cortes de incentivos tributários a empresas, além da aprovação do Orçamento do ano que vem.
Apesar da participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, nas negociações para rejeição do texto, líderes de centro pontuam que a tensão com o governo teve muito mais peso nos votos para retirar o texto da discussão.
O secretário nacional de comunicação do PT, Eden Valadares, afirma que a negociação com o Congresso tem um limite, que é a taxa dos mais ricos. “A mediação tem um limite, tem uma linha no chão, um risco, que parecer intransponível, que é taxar o andar político. Tem um lobby que protege essa super elite. Então, o governo resolveu chamar a sociedade”.