Ceni e Abel trocam farpas e polêmicas sobre gramado sintético na Fonte Nova

Treinadores expõem discordância sobre o estado do campo na Fonte Nova após duelo pelo Brasileirão.

29/09/2025 16:14

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Ceni e Abel trocam farpas e polêmicas sobre gramado sintético na Fonte Nova
(Imagem de reprodução da internet).

Bahia x Palmeiras: Gramado em Debate e Reclamações

O confronto entre Bahia e Palmeiras, realizado no domingo (28) na Arena Fonte Nova, intensificou o debate sobre a utilização de gramados naturais em comparação com os sintéticos. A partida foi marcada por críticas às condições do campo e por trocas de palavras entre os técnicos Abel Ferreira e Rogério Ceni, gerando preocupação com a segurança dos jogadores.

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Após a partida, o técnico Abel Ferreira expressou sua insatisfação com o estado do gramado, destacando as lesões sofridas por Lucas Evangelista e Piquerez. Ele criticou a situação, afirmando que era “inadmissível” jogar em um campo com essas condições, mencionando que o pé ficava “preso” e que o gramado parecia “pintado”. O árbitro Anderson Daronco também registrou o problema na súmula.

Em contrapartida, o técnico Rogério Ceni rebateu as críticas, argumentando que reclamar de lesões em gramado natural é “feio” para quem joga em gramado sintético. Ele ressaltou que o Palmeiras, que normalmente joga no Allianz Parque, também gostaria que o gramado estivesse melhor, mas que a situação “atrapalhou mais a nós do que a eles”. Ceni já havia defendido a instalação de gramado sintético na Fonte Nova em 2024, após a derrota para o Cuiabá.

O debate sobre gramados artificiais se intensificou com a assinatura de um manifesto por jogadores como Neymar, Lucas Moura, Philippe Coutinho e Thiago Silva, que expressaram preocupação com o acúmulo de calor em gramados sintéticos, que podem atingir temperaturas de até 70 graus. Clubes como Palmeiras e Botafogo defenderam seus campos, que são certificados pela FIFA, argumentando que o problema reside na baixa qualidade de alguns gramados naturais, que demandariam maior investimento.

Especialistas como Sergio Schildt, presidente da Recoma, defendem a viabilidade do gramado sintético, mencionando que o custo de instalação varia entre R$ 7 e 9 milhões, mas a manutenção é mais barata do que na grama natural. Schildt já participou de projetos em clubes como Real Madrid e Flamengo. A médica Flávia Magalhães avalia que o risco de lesões não é maior entre atletas profissionais, mas que atletas com dores prévias de tendinites podem queixar-se mais após jogos em sintético, especialmente em dias quentes.

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