Ministro Celso Sabino é expulsado do União Brasil por infidelidade partidária. Decisão tomada após conflito com governo Lula e desgaste na legenda
O União Brasil formalizou nesta segunda-feira, 8, a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino. A decisão foi tomada pela executiva nacional do partido, por meio de votação secreta, com 24 votos a favor da exclusão do ministro. A justificativa apresentada pelos líderes do União Brasil é a prática de infidelidade partidária, ocorrida com a permanência de Sabino no cargo, contrariando as diretrizes estabelecidas pela cúpula do partido.
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O cenário se intensificou devido à rota de colisão entre o União Brasil e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Anteriormente, a legenda havia determinado que seus filiados abandonassem cargos no governo federal até o dia 19 de setembro.
Celso Sabino, inclusive, inicialmente anunciou sua saída do ministério, mas posteriormente recuou.
Nas tentativas de preservar sua posição tanto no governo quanto no União Brasil, Sabino não obteve sucesso. Em outubro, diante da perspectiva de benefícios eleitorais com a COP30, que aconteceria em Belém (PA), ele optou por permanecer à frente do Ministério do Turismo.
Essa decisão acentuou o desgaste da relação com a direção partidária.
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Durante outubro, Sabino também foi afastado das responsabilidades administrativas do partido e perdeu o comando do diretório estadual do Pará. Sua trajetória no União Brasil, que começou em 2021, envolveu cargos de comando na legenda, a liderança do diretório paraense e a participação na executiva nacional.
Ele foi eleito deputado federal em 2022 e renunciou ao mandato para assumir o ministério, com o apoio da bancada do partido na Câmara dos Deputados.
De acordo com a interpretação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a expulsão de Celso Sabino não implica na perda do mandato parlamentar, permitindo que ele se filie a outra legenda política. O ministro informou que continuará à frente do Ministério do Turismo até o prazo de desincompatibilização, que ocorre em abril do ano subsequente, quando ocupantes de cargos públicos precisam deixar suas funções para concorrer a cargos eletivos.
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