CBF busca soluções para gramados sintéticos na Série A. Clubes pedem suspensão da homologação e estudo sobre o tema. Debate inclui Neymar e outros atletas.
Dirigentes de clubes da Série A do Campeonato Brasileiro manifestaram preocupações na quinta-feira, 12 de dezembro de 2025, solicitando à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que suspendesse a homologação de novos gramados sintéticos até a conclusão de um estudo abrangente sobre o tema.
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A solicitação foi apresentada durante o Conselho Técnico da competição, realizado no Rio de Janeiro. A CBF agendou a retomada das discussões para fevereiro ou março de 2026.
Os representantes das equipes desejam que a opinião dos atletas seja considerada na decisão sobre o uso de campos artificiais no Brasil. Em fevereiro de 2026, jogadores como Neymar, Thiago Silva, Gabigol e Philippe Coutinho expressaram suas opiniões sobre o assunto nas redes sociais.
Cinco clubes que utilizam gramados sintéticos defenderam a manutenção desse tipo de piso durante a reunião. Em nota, argumentaram que “um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país”.
No início da temporada, a CBF encomendou um estudo comparativo sobre lesões que se deram nos dois tipos de superfície, sem identificar diferenças relevantes. A confederação agora pretende ampliar a análise para incluir aspectos técnicos, como ritmo de jogo e possíveis vantagens competitivas.
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O Campeonato Brasileiro de 2026 pode ter até 30% de seus jogos disputados em estádios com gramado sintético, uma vez que 5 dos 20 clubes na elite do futebol nacional usam esse tipo de superfície: , , , e .
Na segunda-feira, 8 de dezembro de 2025, o clube formalizou proposta à CBF solicitando a proibição. O documento sugere um período de transição até 2027 para clubes da Série A e 1 ano adicional para equipes da Série B.
A iniciativa provocou reação imediata dos 5 clubes que utilizam gramados sintéticos. A CBF indicou que pretende enfrentar o tema sem novos adiamentos e também planeja abordar a questão da qualidade dos gramados naturais nos estádios brasileiros.
A confederação considera que temas complexos como este exigem discussões mais aprofundadas e com maior participação dos clubes. Por isso, estuda criar um modelo de governança que inclua quórum qualificado ou prazo mínimo para reavaliação de determinados assuntos.
Além da questão dos gramados, outros temas importantes devem ser discutidos na reunião prevista para o 1º trimestre de 2026, como o limite de jogadores estrangeiros e a possível redução do número de clubes rebaixados para a Série B. Este último ponto exigirá a participação das equipes da 2ª divisão nas discussões.
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