CBF lança regulamento de Fair Play Financeiro com foco em sustentabilidade. Novo modelo, inspirado em ligas mundiais, busca evitar dívidas e atrair investimentos no futebol brasileiro
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta terça-feira (11) a primeira versão do Fair Play Financeiro do futebol brasileiro, fruto de discussões realizadas no Rio de Janeiro. O regulamento, que terá início em janeiro de 2026, é resultado de um processo de construção coletiva com a participação de 77 clubes, federações e órgãos da indústria do futebol.
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O Grupo de Trabalho responsável pela elaboração do regulamento, que durou três meses, busca promover a sustentabilidade financeira no futebol brasileiro. Os temas mais sugeridos pelos participantes foram pagamentos em atraso (12 vezes) e padronização contábil (10 vezes).
Os pilares do Sistema de Sustentabilidade Financeira incluem o controle de dívidas em atraso, o equilíbrio operacional, o controle de custos com elenco e o controle de endividamento de curto prazo. Para clubes em Recuperação Judicial, medidas regulatórias incluem a limitação da folha salarial e o equilíbrio financeiro na janela de transferências.
As punições para violações do regulamento serão aumentadas a cada ocorrência. Inicialmente, o clube deverá apresentar um plano de ação para evitar reincidências. As penalidades incluem advertência pública, multa pecuniária, retenção de receitas, restrição de inscrição de atletas (transfer ban) e dedução de pontos, podendo culminar no rebaixamento.
O modelo apresentado pela CBF se inspira em exemplos utilizados nas cinco maiores ligas do mundo: Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França. No entanto, contém adaptações à realidade financeira dos clubes brasileiros e às particularidades do futebol nacional.
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A CBF Academy, com a colaboração das consultorias EY e MCO/CON, buscou criar um sistema que priorize a sustentabilidade, garantindo que os clubes não gastem mais do que arrecadam e não acumulem dívidas, visando atrair investimentos de forma segura.
Clubes participantes do Grupo de Trabalho elogiaram a iniciativa. Alberto Guerra, presidente do Grêmio, destacou que o Fair Play Financeiro oferece uma perspectiva animadora para o crescimento econômico do futebol brasileiro de forma responsável. A CBF busca, com este modelo, garantir um ambiente seguro para atrair investimentos, sem engessar a gestão dos clubes.
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