A Casa dos Ventos deu um passo significativo em sua busca por inovação com o lançamento do Projeto Everest. A iniciativa visa o desenvolvimento de uma nova geração de torres eólicas no Brasil. A empresa planeja construir e testar um protótipo de torre com 166 metros de altura, a mais alta já concebida no país, em parceria com a Goldwind, fornecedora das turbinas, e a Cortez Engenharia, responsável pela execução da obra.

Tecnologia de Concreto Auto-Içável

O projeto centraliza-se na utilização de concreto pré-moldado auto-içável, uma tecnologia que permite a construção de estruturas em grandes alturas, alcançando camadas da atmosfera com ventos mais fortes e constantes. Essa solução aumenta o potencial de capacidade dos parques eólicos, mesmo em áreas com menor potencial de vento, além de reduzir os custos de instalação, operação e manutenção.

Inovação Estrutural e Redução de Custos

O protótipo terá uma altura total de 257 metros, considerando a medição do solo até a ponta da pá, um marco inédito no mercado brasileiro. Um dos diferenciais da torre é o sistema de auto-içamento, que elimina a necessidade de guindastes de grande porte acima de 135 metros, equipamentos que não são produzidos no Brasil.

A empresa também implementa uma solução inovadora para unir duas semi-torres pré-montadas em escala inédita.

Validação e Impacto Estratégico

A validação em escala real é crucial para comprovar o desempenho estrutural da torre e viabilizar a adoção da tecnologia em projetos futuros. “Inovação é um eixo central da estratégia da Casa dos Ventos, e o Projeto Everest reflete isso”, afirma João Caldas, diretor de Inovação da Casa dos Ventos.

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O projeto reforça a aposta da empresa em inovação para aumentar a competitividade da geração eólica no Brasil, em um cenário de pressão por eficiência e integração de fontes renováveis.

Novos Investimentos e Expansão

Recentemente, a Casa dos Ventos firmou parceria com a Vestas para o desenvolvimento do complexo eólico Dom Inocêncio, no Piauí, um dos maiores projetos em andamento no país, com capacidade instalada de 828 MW e investimento estimado em R$ 5 bilhões.

Essa expansão consolida a presença da empresa em projetos de grande escala no Nordeste e sua estratégia de crescimento a longo prazo no mercado brasileiro de energia renovável.