Compartilhamento de Plataformas: Uma Estratégia na Indústria Automotiva
A indústria automotiva frequentemente utiliza uma estratégia de compartilhamento de plataformas, onde um mesmo projeto dá origem a veículos distintos, com características visuais e propostas de mercado diferenciadas. Essa abordagem é comum, pois as montadoras desenvolvem plataformas básicas que são adaptadas para atender a diferentes produtos ou objetivos. Essa estratégia permite reduzir custos, acelerar lançamentos e disponibilizar tecnologias de ponta para um público consumidor mais amplo.
O Processo de Desenvolvimento e Compartilhamento
O desenvolvimento de uma plataforma inédita pode envolver investimentos de bilhões de dólares. Trata-se da base estrutural do automóvel, responsável por integrar componentes como suspensão, motor e carroceria. Ao utilizar a mesma arquitetura em diversas marcas, as montadoras conseguem diluir os investimentos e oferecer produtos em segmentos variados sem duplicar custos. Um carro pode ter um “irmão gêmeo” em outro mercado, ou até mesmo disputando o mesmo segmento.
Exemplos de Compartilhamento
Diversos exemplos ilustram essa prática. A picape Fiat Strada, vendida como Ram no México, é um caso emblemático. Da mesma forma, a picape Fiat Titano é comercializada como Ram 1200 no México e em alguns mercados latino-americanos. Além disso, a picape Changan Hunter é vendida como Peugeot Landtrek e, posteriormente, como Fiat Titano em diversos países da América Latina.
Sinérgia entre Grupos Automotivos
Grupos automotivos como Volkswagen, Stellantis e General Motors frequentemente compartilham plataformas entre suas marcas. O Volkswagen Polo, por exemplo, possui um “irmão gêmeo” na Espanha: o Seat Ibiza, um hatch do mesmo porte e plataforma, com diferenças estéticas. A Citroën Jumpy, Fiat Scudo e Peugeot Partner são o mesmo produto, com variações nos logotipos e detalhes frontais.
