Cardozo e Falivene debatem impacto da fuga de Silvinei Vasques. O comentarista José Eduardo Cardozo e o advogado Matheus Herren Falivene analisam a tentativa de fuga de Silvinei Vasques
O comentarista José Eduardo Cardozo e o advogado criminalista Matheus Herren Falivene analisaram, em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), a possível repercussão da tentativa de fuga de Silvinei Vasques em outros pedidos de condicional de condenados no caso da trama golpista.
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Silvinei Vasques foi detido na noite de sexta-feira (26) em Assunção, no Paraguai, enquanto tentava embarcar em um voo da Copa Airlines com escala no Panamá. A CNN Brasil apurou que ele utilizou um passaporte paraguaio falso na tentativa de embarcar.
Cardozo argumentou que a fuga de Vasques não deve influenciar novos pedidos de condicional. Ele enfatizou a necessidade de os magistrados avaliarem as circunstâncias individuais de cada condenado, considerando os riscos e a forma como foram punidos.
“O magistrado deve considerar as circunstâncias concretas com que cada um efetivamente foi apenado, os riscos eventuais que estão colocados. Então, em princípio, o fato do ‘cabeça’ do grupo condenado, outro importante réu fugir, como também Ramagem […] todas essas pessoas deram um péssimo exemplo do ponto de vista daquilo que deve fazer um condenado pela justiça”, afirmou Cardozo.
Ele também destacou a dimensão ética e política da situação, ressaltando que a fuga representa um “péssimo exemplo” para os condenados e um prejuízo para o bolsonarismo.
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Falivene, por outro lado, acredita que a tentativa de fuga pode impactar outros envolvidos. Ele argumentou que, considerando o contexto político, a ação pode influenciar juridicamente outros réus, especialmente aqueles ligados ao núcleo político do grupo.
“Pensando em um contexto geral político, o que acontece é que para outros que estão vinculados a essa questão política, do chamado núcleo político, pode, sim, impactar já que ele não é o único que empreendeu fuga. Então, pode-se entender que seria uma estratégia de alguns deles e com isso impactar juridicamente”, avaliou Falivene.
Falivene concluiu que a avaliação dos réus envolvidos no 8/1 – aqueles que participaram do ato de manifestação e depredação – não será afetada, pois cada caso será analisado individualmente para fins de progressão ou livramento condicional.
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